George Martin foi sincero ao avaliar Phil Spector nos Beatles; Paul odiou o resultado

Harvey Phillip Spector, também conhecido como Phil Spector, foi produtor musical e compositor americano que se tornou muito conhecido por desenvolver o “wall of sound”, um estilo de produção caracterizado por sua difusão de cores sonoras e som orquestral denso.

No fim dos anos 60, Spector trabalhou ao lado dos Beatles em Let It Be, o álbum que marcou o fim do Fab Four em 1970. Entretanto, sua presença no disco foi alvo de controvérsias, uma vez que para Paul McCartney, ele não representou fielmente as intenções do grupo naquela época.

Para George Martin, um dos mais importantes produtores da carreira da banda, o envolvimento de Spector foi classificado como “extremamente exuberante”. “Fiquei chocado quando Phil dobrou pesadamente as camadas de coros e colocou cordas, harpas e outras coisas extremamente exuberantes” (via Rolling Stone).

Já McCartney detestou o resultado final, chegando a pedir para Spector para refazer suas canções, o que não foi atendido, uma vez que John Lennon gostou do que foi apresentado. Anos depois, em 2003, Macca decidiu lançar sua própria versão do disco.

Intitulada de Let It Be… Naked, a nova versão do álbum apresentou as canções “nuas”, sem a assinatura de Spector, e da forma que McCartney considerou mais próxima de sua visão artística. Abraçando o rock n’ roll, o disco abandonou os overdubs orquestrais e enfeites que foram adicionados na versão original.

A conturbada vida e morte de Phil Spector

No início dos anos 70, além de ter participado das gravações de Let It Be, Phil Spector também foi o responsável por produzir vários discos solo de John Lennon e George Harrison. Naquela época, diversos de seus singles dominavam as paradas musicais internacionais.

Apesar do reconhecimento através das eras, em 1980, Spector permaneceu praticamente inativo, em meio a um estilo de vida de reclusão, uso de drogas e comportamento cada vez mais errático. E ao longo deste período, o produtor cometeu um crime terrível.

Spector foi condenado em 2009 pelo assassinato da atriz Lana Clarkson, ocorrido em 2003. Após ter enfrentado dois julgamentos, ele acabou sendo sentenciado a 19 anos de prisão perpétua, falecendo no dia 16 de janeiro de 2021, ainda sob custódia.