Muitos músicos tem admiração por seu próprio trabalho, principalmente quando conquistam uma extensa carreira de sucesso. E este certamente é o caso de Paul Stanley, ex-vocalista e guitarrista da banda Kiss, que possui uma enorme trajetória musical.
Em entrevista à revista Classic Rock, o músico revelou o disco do Kiss que, para ele, seria o melhor da carreira da banda, além de ser considerado um dos melhores trabalhos gravados por ele. O álbum escolhido foi Alive!, o primeiro álbum ao vivo da banda, lançado em setembro de 1975.
Com 16 faixas no total, o disco foi gravado durante cinco shows feitos em quatro cidades: Cleveland, Detroit, Wildwood e Davenport, todos nos Estados Unidos. Para Stanley, o álbum foi importante por sua energia, além de ter sido um sucesso de vendas.
“Criamos o melhor álbum do Kiss e o melhor álbum ao vivo em Alive!. Queríamos imergir você na plateia de um show do Kiss – ouvir o barulho das pessoas ao seu redor, que as explosões fossem tão altas como se você estivesse lá. E assim que o álbum foi lançado, ele voou para fora das lojas”, explicou.
Alive! apresenta músicas dos três primeiros discos de estúdio do Kiss. Além disso, ele foi considerado um verdadeiro divisor de águas, uma vez que apesar de ser marcado pelas polêmicas de regravações e overdubs, apresentou uma face muito mais madura da banda.
Má fase: os piores discos do Kiss, segundo Paul Stanley
Apesar do enorme sucesso da banda, sabe-se que nem tudo foi perfeito na trajetória do Kiss. O grupo também já teve sua cota de álbuns malsucedidos, que não conseguiram agradar a crítica, público e nem a eles mesmos. E para Paul Stanley, dois discos “se destacam” neste quesito.
“Há dois: Unmasked e Music From The Elder. Unmasked foi morno e não teve coragem. Na verdade, a banda, naquela época, provavelmente também não tinha coragem”, afirmou Stanley, na mesma entrevista.
Lançado em 1980, Unmasked recebeu diversas críticas negativas de críticos especializados, além de ter sido considerado “muito pop” pelos fãs da banda. Já Music From The Elder é considerado um dos maiores fracassos da carreira da banda, apesar de ter agradado a crítica. Stanley destacou este como um dos erros do disco.
“The Elder foi uma tentativa equivocada de impressionar pessoas que não deveríamos estar tentando impressionar (os críticos), enquanto nos esquecemos das pessoas que deveríamos impressionar – os fãs”, completou o músico.
Jornalista formado pelo Centro Universitário Carioca, apreciador de Zeca Pagodinho à Napalm Death, de Coppola à Stahelski, criador de conteúdo e músico independente nas horas vagas.
