O vocalista e guitarrista da banda Queens of the Stone Age, Josh Homme, fez uma revelação chocante recentemente, em entrevista à Revolver Magazine. Prestes a lançar um novo disco, chamado In Times New Roman…, Homme revelou os motivos pessoais que levaram à demora no lançamento do disco, o que inclui um diagnóstico de câncer.
Sobre o câncer, o músico revelou que o diagnóstico surgiu ainda em 2022, e não deu detalhes mais sobre o tipo da doença, mas deixou claro que já passou por um procedimento para removê-lo.
“Eu nunca digo que não dá pra piorar. Eu nunca digo isso, e eu não aconselharia [ninguém a dizer isso]. Mas eu digo que vai melhorar… O câncer foi só a cereja do bolo desse período interessante de tempo, sabe? Eu sou extremamente grato por ter superado isso, e vou olhar para trás como algo que é fodido — mas que me fez melhor. Eu estou bem com isso. Há muita coisa que eu quero fazer. E há muita gente com quem eu quero fazer essas coisas”, comentou Homme.
Ainda durante a entrevista, Homme revelou que “não queria fazer um disco, mas estava lidando com muita coisa na vida pessoal”, o que acabou obrigando-o a recorrer à música. Segundo ele, a música o ajuda a “acertar as coisas”.
Vale lembrar que, além da doença, o músico também enfrentou um divórcio difícil em 2019, se separando da vocalista do Distillers, Brody Dalle, após um casamento de 14 anos, o qual o casal têm três filhos juntos, o que resultou em um longo e público processo de custódia dos filhos. Além disso, no ano seguinte, a pandemia de Covid-19 se alastrou pelo mundo.
No fim, todos estes fatores acabaram colaborando para as emoções confusas para a produção do primeiro álbum desde Villains (2017).
Mais sobre o Queens of the Stone Age: novo álbum e show no Brasil
O novo álbum do Queens of the Stone Age está com data marcada de lançamento nesta sexta-feira, 16 de junho, mas já está disponível para pré-save nas plataformas de streaming e pré-venda no site oficial da banda. O disco conta com 10 novas músicas, incluindo a já divulgada “Emotion Sickness”. Ouça:
Sobre a música, cujo título faz um trocadilho com o termo “motion sickness”, usado para descrever a náusea que algumas pessoas sentem com movimentos bruscos, como acontece em aviões, montanhas-russas, Homme explicou:
“Eu definitivamente tinha um caso sério de ’emotion sickness’. Houve momentos em que eu quase não consegui seguir. Por mim, está tudo bem ruminar isso. Não está tudo bem ficar nisso, ficar sentindo pena de mim mesmo. Têm sido os quatro anos mais sombrios da minha vida. Mas isso é ok, também. Nas minhas dores, nos meus erros, nessas mortes e nas minhas próprias questões físicas com as quais estou lidando — mesmo que tudo que aconteceu tenha destruído minha vida anterior em pedaços, eu consegui construir um barco com esses pedaços e ele está prestes a ser lançado. Eu vou flutuar para a minha nova vida com todas essas peças.”
Neste momento, a banda se encontra em uma turnê na Europa, e já possui datas marcadas para seguir para a América do Norte nos próximos meses. Além disso, uma apresentação no Brasil está confirmada no festival The Town, em São Paulo, já apresentando as músicas do novo disco.