Considerado o “Mestre do Suspense”, o londrino Alfred Hitchcock ficou famoso em 1929, com o filme Blackmail. Desde então, foi um dos principais realizadores de filmes do gênero de todos os tempos.
Mesmo lançando inúmeros filmes de suspense, um em especial, Psicose, lançado em 1960, marcou muita gente, em especial pelas cenas violentas, que não eram tão presentes no cinema da época. O cartão postal de Psicose é a incrível cena do assassinato de Marion Crane durante o banho, ou a famosa cena do chuveiro.
Inicialmente a recepção não foi das melhores, e os críticos usavam a desculpa de o filme ser de baixo orçamento. Mas esse pequeno detalhe não abalou a fé do público em Hitchcock, e as salas de cinema estavam sempre lotadas. Logo os críticos tiveram que reconsiderar, e assim Psicose conseguiu 4 indicações ao Oscar.
Psicose – o filme
*Possíveis spoilers
Marion Crane (Janet Leigh), secretária de uma imobiliária, está envolvida com um homem que possuí uma grande dívida. Em uma aparente oportunidade para quitar a dívida, a moça acaba roubando 40 mil dólares da empresa, e resolve alugar um carro e dirigir sem destino algum com o dinheiro. Uma tempestade começa, e ela se vê obrigada a parar no primeiro motel de beira de estrada que encontra, o Bates Motel.
O recepcionista Norman Bates (Anthony Perkins), um simpático, porém estranho rapaz logo oferece um sanduiche com leite a Marion. A dupla se alimenta numa pequena sala atrás do escritório do motel, mas Norma Bates, mãe de Norman não aceita que o filho se aproxime da desconhecida, por conta de ciúmes.
Marion decide então tomar um banho, mas é ai que é esfaqueada até a morte pela mãe de Norman.
Lila Crane (Vera Miles), a irmã de Marion, junto com Sam Loomis (John Gavin), o namorado da moça, e o detetive Arbogast (Martin Balsam), iniciam uma busca para tentar encontrar a desaparecida. Quando o detetive tenta abordar a mãe de Norman, é assassinado a facadas pela própria.
Lila e Sam contatam o xerife da região, Al Chamber (John McIntire), e descobrem que a mãe de Norman está morta há mais de dez anos. Então se a mãe de Norman estava morta, quem teria cometido os assassinatos?
Numa reviravolta digna de Hitchcock, acabamos descobrindo que Norman assassinou a mãe, mas manteve seu cadáver por perto, e desde então adquiriu dupla personalidade, agindo como a mãe uma boa parte do tempo. E quando o filho se aproxima de alguma mulher a “mãe” sente ciúmes e parte para a violência.
A sinopse do filme entrega um suspense de primeira, com uma das reviravoltas mais conhecidas do cinema mundial. E isso se deve em grande parte à trilha sonora de Psicose, com destaque ao barulho que a faca de Norma Bates emite ao ferir Marion durante a cena do chuveiro. O som foi captado por Hitchcock de uma maneira simples: é o barulho de uma faca sendo cravada repetidas vezes em um melão.
Trilha sonora Psicose
A trilha do longa, composta por Bernard Herrmann, compositor que teve seus trabalhos em vários filmes de Alfred Hitchcock, como Vertigo, além de outros projetos aclamados de outros diretores, a exemplo de Cidadão Kane e Taxi Driver. Confira a lista com todas as músicas compostas pelo artista presentes em Psicose:
- Prelude
- The City
- Marion
- Marion and Sam
- Temptation
- Flight
- The Patrol Car
- The Car Lot
- The Package
- The Rainstorm
- Hotel Room
- The Window
- The Parlour
- The Madhouse
- The Peephole
- The Bathroon
- The Murder
- The Body
- The Office
- The Curtain
- The Water
- The Car
- The Swamp
- The Search
- The Shadow
- Phone Booth
- The porch
- The Stairs
- The Knife
- The Search
- The First Floor
- Cabin 10
- Cabin 1
- The Hill
- The Bedroom
- The Toys
- The Cellar
- Discovery
- Finale