Rock the Casbah: clássico do The Clash foi resposta para país que baniu o rock

Canção clássica do álbum Combat Rock, de 1982, “Rock the Casbah” é certamente um dos maiores sucessos do The Clash. Talvez não maior do que “Should I Stay or Should I Go?”, mas certamente está entre as músicas mais famosas da banda.

Apesar de o título ter se tornado até mesmo uma expressão, pouco se sabe sobre sua origem. Porém, existe uma famosa teoria por trás da inspiração da música, que traz um ar de afronta ainda maior para a banda, que já possuía o título por ser uma referência para o punk rock.

Essa teoria diz que a canção foi inspirada pelo banimento do rock n’ roll no Irã após a chegada do aiatolá Khomeini ao poder, apesar de não fazer nenhuma menção explícita ao Irã ou nenhum outro país muçulmano.

O que reforçou a teoria é o fato de que a letra inclui uma mistura de termos árabes, judeus, urdus e norte-africanos, como sharif, beduíno, sheikh, kosher, raga, muezzin, minarete e casbah.

No contexto, a música faria referência ao povo que, apesar do banimento do rock, continua “agitando o casbah”. Porém, a suposta história real sobre a inspiração da música é totalmente diferente e foi explicada no encarte da compilação The Clash on Broadway.

Segundo o material, a música surgiu após o empresário da banda na época, Bernie Rhodes, reclamar de uma das músicas do álbum, alegando que ela era “longa como uma raga”, estilo musical indiano conhecido por sua complexidade e longa duração.

A partir desta frase, o frontman da banda, Joe Strummer, escreveu o verso “o Rei disse aos homens que dançam o boogie: ‘vocês têm que parar com o raga'”. E a partir disso, a letra foi se completando até que se tornasse a música conhecida até os dias de hoje.

Mais sobre o The Clash

Surgida em 1976, a The Clash ficou conhecida como sendo parte da primeira onda do punk britânico, a partir de 1977. Porém, além do punk, seu som possuía influências diferentes, como reggae, ska, dub, funk, rap, surf e rockabilly.

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Com suas músicas carregadas de ideologia política anarquistas e socialistas, a banda foi creditada como a pioneira na defesa da política radical no punk rock. Seus integrantes ficaram conhecidos como “bagunçeiros pensantes”, devido à expressarem um posicionamento diferente à bandas da época.

O The Clash teve apenas 10 anos de atividade, chegando ao seu fim em 1986, mas certamente, fazendo valer sua existência, construindo um legado que é lembrado por diferentes gerações. Amplamente referidos como “a única banda que importa”, eles construíram uma história inabalável.

Durante sua atividade, a banda lançou 7 álbuns. Entre eles, London Calling, de 1979, reconhecido como um dos álbuns mais influentes do rock.

  • 1977: The Clash
  • 1978: Give ‘Em Enough Rope
  • 1979: London Calling
  • 1980: Sandinista!
  • 1980: Black Market Clash
  • 1982: Combat Rock
  • 1985: Cut the Crap
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