Uma das maiores figuras do cinema e da cultura brasileira como um todo é Zé do Caixão. O ícone do terror surgiu ainda na década de 60 e permaneceu na ativa até a década passada, perpassando filmes, propagandas, séries, documentários e livros.
Porém, uma das ações inusitadas de Zé do Caixão aconteceu há 13 anos, quando seu criador José Mojica Marins conheceu Zé do Colchão, a performance satírica de um criador de conteúdo digital, Lucas Casella. Zé do Colchão era uma imitação do icônico personagem de Mojica e o encontro pode ser visto abaixo.
Lucas Casella possui diversos vídeos em seu canal do YouTube em que interpreta sua versão do personagem. Zé do Colchão entrevista convidados com nada menos que um colchão alojado no fundo do cenário.
Zé do Caixão: relembre a história de José Mojica
Ícone do terror, Zé do Caixão fez do Brasil uma referência no gênero. Conhecido internacionalmente como Coffin Joe, o personagem começou sua saga fúnebre em 1964, com À Meia-Noite Levarei Sua Alma. Desde então, sua figura ficou tão famosa que Zé do Caixão deixou de ser apenas um personagem, tornando-se sinônimo de seu criador, José Mojica Marins.
Marins nunca foi de se encaixar. Enquanto bebê, acompanhava seu pai nas trupes itinerantes de circo e, mais velho, passava as tardes na sala de projeção do cinema Cine Santo Estevão, onde seu pai passou a trabalhar como projetista e gerente. Já um jovem adulto, seguiu às margens como produtor na Indústria Cinematográfica Apolo Ltda. Logo no seu primeiro longa-metragem, Mojica conquistou a antipatia dos padres pelas heresias da obra A Sina do Aventureiro.
Esta marginalização de sua figura estendeu-se por toda a sua carreira, pautada sempre pelo estranho e pelo experimental. Há quem diga que a estranheza de Mojica remonta até o seu nascimento em uma sexta-feira 13 no ano de 1936.