Na última segunda-feira (20), estreou a nova novela das seis da Globo, “Amor Perfeito”, e a produção já gerou comparações (não acidentais) com o fenômeno da Netflix “Bridgerton“.
O protagonista masculino da novela, que se passa nos anos 30 e 40 é Orlando, vivido por Diogo Almeida, um ator negro, ele é formado em medicina e possui uma boa condição financeira, situação incomum em novelas com protagonismo negro.
André Câmara, diretor artístico da novela, comentou a inspiração em Bridgerton para retratar personagens negros em uma trama de época.
“Identifiquei como desejo de colocar luz de quem vivia na sombra: pretos em relação a pessoas brancas. Havia uma vontade de igualá-los […] Tivemos que fazer um registro profundo desse povo que vivia à sombra dos nossos registros nos anos 30 e 40. Quisemos representar as pessoas pretas de forma potente e elegante, com os cabelos originais, não vamos mexer nos cabelos dos homens e mulheres pretas. ‘Bridgerton’ foi uma referência nesse sentido”, afirmou o diretor em uma coletiva. (via Gente).
Mas o autor destaca uma diferença essencial em relação à trama da Netflix, ainda que o racismo não tenha aparecido muito no capítulo de estreia, a novela vai abordar estas questões, diferente de Bridgerton, que apenas ignora o racismo e a escravidão.
Amor Perfeito resgata a elite negra dos anos 40, apagada na maioria dos registros audiovisuais. “A partir do momento que a gente fez pesquisas para novela, a gente pensou em fazer uma novela diversa, em tentar representar um Brasil mais real, a gente descobriu coisas incríveis como uma elite negra que sempre existiu no Brasil e foi apagada pela narrativa hegemônica do Sul e do Sudeste”, explicou uma das autoras da trama, Duca Rachid. (via Splash – UOL).
Uso da música em Amor Perfeito também lembrou Bridgerton
Além da representação de personagens negros na trama, outro momento da novela que gerou comparações com Bridgerton foi o uso da música “A Queda”, de Glória Groove, em uma versão instrumental durante uma cena.
Bridgerton utilizou vários covers de músicas pop em versões clássicas, como “Thank u Next”, “In My Blood” e “Wildest Dreams”.
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