Kung Fu Panda 3 – Crítica

Apesar de nos últimos anos a Pixar dominar de forma soberana o mundo das animações, com filmes que fazem sucesso tanto com o público quanto com a crítica, os estúdios da Dreamworks sempre se apresentaram como, pelo menos, uma alternativa interessante na indústria. Sendo que a franquia de maior sucesso da produtora é Kung Fu Panda. Por isso, a princípio, parecia que seriam feitas sequencias apenas por motivos comerciais, porém, o segundo filme se mostra tão competente quanto o primeiro. Portanto, a expectativa para esse terceiro longa era de pelo menos manter a qualidade dos anteriores.

O filme mostra que, enquanto Po é exigido pelo mestre Shifu para ensinar técnicas de kung fu, ele conhece seu pai biológico, e parte então até a cidade secreta dos pandas, onde conhece os hábitos de sua espécie e tenta aprender a técnica milenar do chi. Enquanto isso, o vilão Kai volta do mundo dos mortos para derrotar todos os mestres de kung fu da China.

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A premissa deste terceiro filme é basicamente igual a do segundo, ou seja, um vilão poderoso que desafia Pou, sendo que este está desacreditado como Dragão Guerreiro, desta vez por não conseguir ensinar kung fu. Portanto, a história central em si não apresenta nada de diferente, a trama é a mesma, o que entedia em alguns momentos, passando a sensação de que aquilo já foi visto antes.

O humor utilizado também não explora nada de novo, e se baseia mais uma vez em ridicularizar os pandas. Só que dessa vez como há mais destes animais, não vemos isso apenas com o Pou, mas sim com todos. Então novamente vemos o filme brincar com a preguiça, peso, gula e trapalhadas dos pandas, o que em vez de parecer engraçado, parece apenas bobinho e repetitivo.

Dito tudo isso, vale destacar que o que há de bom aqui está na subtrama do longa, representada no drama que envolve os dois pais de Po, o biológico, e o que adotou. Explorando o ciúmes que o adotivo sente, mas também o temor do pai panda em perder o filho mais uma vez. O que cria um conflito interessante. O roteiro também apresenta conceitos milenares novos como o Chi, que é uma espécie de energia interior, explorada muito bem através do vilão da história.

O design de produção mais uma vez é um dos destaques do longa. Representando a China de forma belíssima, explorando bem as vilas e mostrando animais diferentes, sempre dando individualidade para cada um. Este terceiro filme também apresenta cenários novos para o público, como a vila dos pandas e o mundo dos mortos. Sempre representando tudo de forma funcional, colorida, bela e fofa até.

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A mensagem que o longa passa é o ponto alto da franquia, mostrando que cada um deve ser o que é, sem tentar parecer com outra pessoa. Destacando o valor da individualidade de cada um, destacando que todos da sua maneira tem o seu valor, e possui dons para realizar coisas diferentes, apesar do tamanho, peso ou força.

Kung Fu Panda 3 é um filme que, apesar de parecer repetitivo em alguns momentos, traz elementos interessantes, um design de produção belo, e principalmente uma mensagem atual e otimista. Aparentemente é o capitulo final da franquia, já que, parece pouco provável que haja algo de novo para ser explorado na história. Mas é uma trilogia que mostra que a Dreamworks também pode produzir filmes interessantes na indústria das animações.

 

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