Halloween: por que Michael Myers não fala nos filmes?

O gênero do terror é repleto de criaturas e assassinos icônicos e, certamente, Michael Myers, o principal antagonista da franquia Halloween, é um deles. Com sua máscara inexpressiva e sua brutalidade, o vilão se consolidou entre nomes como Jason Voorhees, Ghostface e Freddy Krueger.

Porém, Michael sempre esteve cercado de mistério. Até porque o primeiro filme explica brevemente sua origem, mas não seu desenvolvimento até se tornar uma máquina de matar. E algo que chama a atenção no vilão é seu silêncio profundo, que o torna ainda mais assustador.

Apesar de Michael não ser único, visto que Jason de Sexta-Feira 13 também é um assassino silencioso, nunca foram explicados os motivos para seu silêncio, diferente de seu “rival”, o que deixa em aberto uma série de possibilidades sempre questionadas pelos fãs.

  • Michael é mudo

Uma das primeiras teorias levantadas é a de que Michael teria dificuldades na fala ou até mesmo seria mudo. Porém, ele foi visto falando no primeiro filme, ao matar Judith, então a possibilidade de ele ser mudo pode ser descartada.

Inclusive, no primeiro filme da nova trilogia, Halloween (2018), o médico responsável por Michael confirmou que ele é sim capaz de se comunicar, mas opta por não fazê-lo, não deixando claro os motivos do assassino.

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Michael Myers criança em Halloween (1978)
  • Trauma profundo

Outra hipótese é a de que Michael carrega um trauma desde quando cometeu seu primeiro assassinato e acabou sendo internado em um hospital psiquiátrico. Porém, dificilmente a teoria se sustenta, pois ele se torna um homicida violento e sem nenhum remorso aparente.

  • Apenas um disfarce

A terceira e mais plausível teoria mais popular é a de que Michael simplesmente não fala por não querer falar. A hipótese defende que ele tenta enganar a todos fazendo-os pensar que a mudez é parte da suposta catatonia que ele sofreu depois de assassinar a irmã a sangue frio.

Afinal, como descrito pelo doutor Samuel Loomis no primeiro filme, Michael é a personificação do mal, “sem nenhuma razão, nenhuma consciência, nenhuma compreensão; e até mesmo o mais rudimentar sentido de vida ou morte, de bem ou mal, certo ou errado”, ou seja, ele é uma “casca vazia”.

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Michael Myers já falou em Halloween

Entre 2007 e 2009, o cineasta e músico Rob Zombie produziu dois reboots de Halloween, considerados dois dos filmes mais brutais da franquia, que combinam bem com o estilo do diretor. E justamente no segundo filme, Michael Myers falou pela primeira vez.

Durante um confronto final contra o assassino, o doutor Loomis invade um barracão onde ele está escondido em meio a um matagal e tenta conversar com Michael. O assassino imobiliza Loomis e grita “morra”, antes de matá-lo. Assista a cena abaixo:

Em uma sessão de perguntas e respostas, o próprio criador da franquia, John Carpenter, revelou não gostar desta versão de Michael. Segundo ele, apesar de gostar do cineasta e tê-lo orientado a “fazer o próprio filme”, a versão de Zombie “explica muito” sobre Michael, destruindo o misticismo.

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