O Música e Cinema vem com uma grande novidade, agora está integrando o site ao seu canal no YouTube e para começar trazemos os grandes momentos da história do terror, em um artigo integrado com a nova mídia do site. Neste artigo/vídeo vamos mostrar momentos muito importantes para o gênero em ordem cronológica, obviamente não vamos fazer uma cobertura gigantesca, separando apenas alguns tópicos de extrema importância. Confira o vídeo abaixo ou se preferir, temos o conteúdo transcrito logo abaixo do vídeo.
Grandes momentos do terror
Falar sobre grandes momentos do terror é uma tarefa muito difícil, pois seriam necessárias verdadeiras enciclopédias para que se pudesse arranhar um pouco da história, deste gênero tão complexo e apaixonante como o terror.
Começando em grande estilo, vamos com O Gabinete do Dr. Caligari, um grande clássico alemão, da década de 20, dirigido pelo brilhante Robert Wiene e estrelado por Werner Krauss e Conrad Veidt.
Não é apenas importante por ser um dos inauguradores do terror, é muito marcante também por ser o auge do expressionismo alemão, que visava quebrar padrões e trazia consigo muita maquiagem, cenários destorcidos e totalmente desproporcionais, algo que causava um clima muito angustiante e ajudava muito na criação do horror.
Após falar sobre Caligari, trazemos agora o primeiro Drácula oficial, pois vale lembrar que Nosferatu foi baseado no livro de Bram Stoker, porém com a temática mudada para evitar processos, algo totalmente sem sucesso, pois os detentores dos direitos da obra ganharam um grande processo contra a produtora.
Focando mais no primeiro Conde Drácula, vemos Bela Lugosi fantástico, com uma entrega total ao papel, onde inclusive achava-se que ele era o verdadeiro Drácula nos bastidores, tamanha dedicação que este ator teve com o papel, incorporando e se transformando em um Conde Drácula espetacular.
A direção ficou por conta do também fantástico Tod Browning, que conseguiu conduzir muito bem a obra, que trouxe o primeiro Drácula nos moldes que temos hoje, com a capa preta, olhar hipnotizante e até mesmo um apelo sexual maior, com um Drácula galã e não mais algo muito distorcido como em Nosferatu.
Dando um salto para a década de 40, chegamos na figura do lobisomem, com Lon Chaney Jr., filho do genial Lon Chaney, vemos o surgimento de mais um ícone. O personagem do Lobisomem é mais um dos originais, que caiu como uma luva para a década de 40 e ficou extremamente bom na figura de Lon Chaney Jr. Neste filme ainda se destaca Claude Rains e a participação de Bela Lugosi.
Chegamos agora em Psicose, dirigido pelo mestre do suspense, Alfred Hitchcock, que colocou em cena o matricida e perturbado Norman Bates, interpretado por Anthony Perkins.
Este filme colocou o horror em outro patamar, com toda a trama construída brilhantemente pelo diretor e trazendo novos conceitos para o cinema. Vale também destacar o papel de Anthony Perkins, que fez o matricida Norman Bates e ficou eternizado por este papel, sendo inclusive a sua maior insistência, onde o mesmo repetiu esta atuação três vezes, chegando até a dirigir uma das continuações, que não chegaram nem perto do glamour do original.
Ainda na década de 60, podemos trazer mais dois clássicos que merecem ser citados, dentre tantos outros. Roman Polanski com o seu O Bebê do Rosemary, estrelado por Mia Farrow, criou um dos filmes mais agoniantes e tensos da história, com uma mãe tentando a todo custo defender seu filho de uma seita demoníaca secreta.
O segundo clássico, é uma citação honrosa ao cinema brasileiro, com o eterno A Meia-Noite Levarei Sua Alma, do pai do terror nacional, José Mojica Marins, que traz o seu icônico personagem Zé do Caixão.
A década de 70 também vem em dose dupla, com dois clássicos supremos. Primeiramente temos O Iluminado, do livro do grande Stephen King e direção do genial Stanley Kubrick, num filme que o escritor odiou, o diretor adorou e o público, após algum tempo, aclamou.
O outro clássico supremo da década de 70, é O Exorcista, onde Linda Blair toma forma de Regan Mcneil, uma jovem possuída, que é submetida a um ritual de exorcismo, num filme que é fantástico e muito bem produzido, onde o diretor William Friedkin cria um cenário perfeito.
Para a década de 80, trouxemos o impecável A Hora do Pesadelo, de Wes Craven, que contou até mesmo com o estreante Johnny Depp, que fez o papel de Glen Lantz, o namorado de Nancy Thompson, que tem uma das mortes mais bizarras da franquia.
Em A Hora do Pesadelo, não podemos deixar de citar o início de uma grande franquia, sempre com Robert Englund, que esteve como o vilão em oito oportunidades.
Por outro lado, trazemos o trash Evil Dead, criado por Sam Raimi e protagonizado pelo simpático Bruce Campbell, num filme que provavelmente é a maior expressão dos filmes considerados do lado B, com baixo orçamento e cenas que misturam horror com muito humor negro.
Para finalizar, temos algo muito em evidência hoje em dia, mas que começou na década de 80 e conseguiu um destaque maior na década de 90, o found footage, que iniciou com Holocausto Canibal e cresceu com A Bruxa de Blair, um dos primeiros filmes a se aproveitar da internet para se promover, fazendo também um grande marketing em cima da questão dos fatos reais.