O ano de 1970 foi extremamente triste para os fãs de Beatles, levando em consideração que foi o momento em que a famosa banda de Liverpool chegou oficialmente ao fim. E após o assassinato de John Lennon, ocorrido 10 anos depois, apenas confirmou que o Fab Four jamais retornaria.
Contudo, em 2023, o público foi surpreendido com o lançamento de “Now And Then”, a primeira música inédita dos Beatles em 53 anos. Logicamente, a novidade foi amplamente aclamada pelos fãs dos garotos de Liverpool, mas seus recordes de audição não foram os únicos feitos surpreendentes.
Isso porque a canção garantiu à clássica banda indicações ao Grammy 2025, disputando nas categorias de “Gravação do Ano” ao lado de artistas contemporâneos como Beyoncé, Taylor Swift e Billie Eilish, bem como de “Melhor Performance de Rock”.
Vale lembrar que, durante seu período de atividade, os Beatles já chegaram a ganhar um total de sete Grammys, vencendo em categorias como “Artista Revelação” e “Melhor Performance Vocal por um Grupo”, além de terem conquistado o troféu de “Álbum do Ano” por Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band em 1968.
No dia 23 de janeiro, também foi anunciado que “Now And Then” garantiu aos Beatles uma indicação ao Brit Awards, um prêmio que celebra os músicos britânicos. O Fab Four foi indicado pela última vez há 50 anos, e agora, disputam pelo prêmio de “Música do Ano”.
Indicação dos Beatles ao Grammy inflama debates sobre IA no setor musical
Para que “Now And Then” fosse finalizada, Paul McCartney e Ringo Starr precisaram contar com a ajuda de inteligência artificial, que foi utilizada para extrair os vocais de John Lennon e outros elementos de um documentário sobre a banda produzido por Peter Jackson para o Disney+.
E assim que foi anunciado que a canção concorreria ao Grammy em 2025, a notícia gerou entusiasmo nos fãs do Fab Four, mas indignação em pessoas que não são a favor do uso de IA no mundo das artes, incluindo no setor musical. Com isso, muitos debates sobre o assunto tomaram conta da internet.
Contudo, a Recording Academy, que organiza o Grammy, considerou “Now And Then” elegível pois a IA utilizada, chamada de “stem separation”, serviu apenas para isolar e limpar trechos de demos gravadas por Lennon e George Harrison para complementar a música, e não criá-la completamente.
