Dia dos Mortos 2: O Contágio é um filme de terror lançado em 2005 dirigido por James Clavell e escrito por Ana Clavell. O filme é uma sequência de Dia dos Mortos (1985) de George A. Romero. Porém, não tem relação nenhuma com o filme original. Não esperem grandes elogios para este filme, pois público e crítica condenam esta sequência desnecessária.
Sinopse: Pensilvânia, 1968, na instalação militar de Ravenside algo extremamente grave aconteceu. Um vírus mutante que faz com que os mortos ressuscitem e se alimentem de carne humana foi descoberto. Enquanto a carnificina aumenta, um ataque ultra-secreto é ordenado. O exército achava que haviam conseguido conter a epidemia. Eles estavam enganados. Trinta e sete anos mais tarde, o local onde o vírus foi descoberto se transformou em um hospital psiquiátrico. Mas, quando um estranho tudo é aberto por um grupo de pacientes, o vírus é novamente liberado. O contágio se espalha e, desta vez, o horror e a fome feroz não podem ser detidos.
Como já ressaltado antes, o filme não tem nenhuma ligação com o clássico de Romero, nem tão pouco chega aos pés de seu antecessor. Dia dos Mortos 2 talvez tivesse tudo para ser um bom filme, mas com péssimo roteiro e atuações, não passou de um fiasco. Confesso que achei o enredo bem bolado, uma antiga instalação militar que viraria um hospital psiquiátrico que liberaria um vírus mutante. Mas o filme mal começa e nos traz uma introdução pra lá de horrorosa com efeitos e maquiagem que fazem uma equipe amadora virar profissional diante do que o filme nos apresenta.
A trama gira em torno de Isaac, Emma, Jack, Boris e Sam, cinco pacientes de um sanatório que são super protegidos por seu médico, o Dr. Donwynn. Isaac é um fanático por vida e morte, vive com um livro sobre o assunto e o filme inteiro quase todas as sua conclusões são baseadas nesse livro, vai sair do hospital em uma semana. Emma é uma maluca de carteirinha, tentou o suicídio várias vezes, mas tenta se recuperar, é apaixonada por Isaac e os dois fazem planos para se casar quando ela finalmente sair. Jack é um homem grosso, sem modos, que possui um gênio violento e não gosta de ser contrariado, também é invejoso e responsável pela liberação do vírus mutante. Boris e Sam são os mais imaturos dos pacientes, fanáticos por filmes de terror e teorias conspiratórias. Todos são protegidos do Dr. Donwynn, um médico boa pinta que ao contrário do diretor do hospital, o Dr. Heller, que os define como um projeto científico.
Os pacientes também sofrem constantes repreensões do enfermeiro Marshall, que não é uma pessoa nada amigável e que faz de tudo para prejudicar os pacientes. Também não podemos esquecer da simpática enfermeira Ava, que possui uma queda pelo Dr. Donwynn, as pacientes Patty e Vicky, que também são duas malucas de carteirinha. Patty é melhor amiga de Emma, e parece nutrir uma paixão por Emma, apesar disso não ficar claro. Vicky é uma viciada em medicamentos, boa parte do filme ela passa sobre efeito de remédios muito fortes e vive em constante conflito com Patty.
Não me admiraria se no futuro visse este filme virar um trash. Zumbis que falam e possuem plena consciência, efeitos especiais que parecem ter saído de uma peça infantil e até replicas de pessoas no filme. Em uma das cenas finais, onde uma parte dos mortos-vivos consegue sair do hospital, vemos em um plano um grupo de zumbis que do outro lado da tela, são duplicados por um efeito canalha para assim, dar a impressão de que há mais monstros no plano da câmera.
No início do filme, também percebemos que algumas cenas não possuem veículos reais, como jipes e helicópteros do exército americano. Isso tudo depois de uma introdução de quase 15 minutos e um filme com desenvolvimento lento, onde os astros do longa, ou seja, os zumbis, passam a atacar as pessoas com mais de uma hora de filme. A história se foca muito nos atritos entre os pacientes e nas metamorfoses que os primeiros zumbis sofrem.
O filme foi lançado ao mercado de home vídeo como a sequência de Dia dos Mortos (1985), certo, não há como negar que ele realmente recebe o título sequencial do primeiro filme, mas como já ressaltado, incrível como não tem relação com o primeiro. A sequência oficial de Dia dos Mortos é o filme Terra dos Mortos de 2005, de George A. Romero. Talvez seja uma prequel para Dia dos Mortos, ou apenas uma história separada mesmo, mas com o nome do primeiro filme para dar mais impacto.
Não possui uma classificação no Rotten Tomatoes, apenas uma audiência de 6%. Em sites responsáveis por divulgação de dados de filmes, Dia dos Mortos 2: O Contágio foi muito mal recebido e considerado uma ofensa ao original. O lançamento em home vídeo no Brasil ficou por conta da Flash Star que o lançou em DVD junto do primeiro filme em 2005. Em 2011 a NBO editora relança o filme mas sem mudança nenhuma, apenas uma troca de vinheta da distribuidora, mas o menu e os extras continuam os mesmos.
Elenco Principal Dia dos Mortos 2 — O Contágio
Stephan Wolfert como Dr Donwynn
Justin Ipock como Isaac
Laurie Maria Baranyay como Emma
John F. Henry III como Jackie
Julian Thomas como Sam
Steve Colosi como Boris
Samantha Clarke como Ava Flories
April Wade como Patty
Joe C. Marino como Marshall
Jackeline Olivier como Vicky
Andreas Van Ray como Doctor Heller
Kevin Wetmore, Jr. como Jerry
Russ Kingston como The Infected
Simon Burzynski como Rubinsky
Mike Dalager como Derber
Christopher Estes como Charlie
Rebuka Hoye como Linda
Ficha Técnica — Dia dos Mortos 2: O Contágio
Título original: Day of the dead 2: Contagium
Ano de lançamento: 2005
Gênero: Terror
País de origem: Estados Unidos
Duração aproximada: 103 minutos
Direção: Ana Clavell / James Dudelson
Roteiro: Ryan Carrassi / Ana Clavell
Estúdio: Taurus Entertainment Company
Orçamento: US$ 1 milhão de dólares
