“A Mulher da Fila” é o mais recente lançamento argentino da Netflix, dirigido por Benjamín Ávila, conhecido por abordar questões sociais e humanas em seus filmes.
A produção, uma coprodução entre Argentina e Espanha, é estrelada por Natalia Oreiro, que vive Andrea Casamento, mulher cuja vida mudou radicalmente após a prisão injusta do filho. O roteiro, assinado por Ávila e Marcelo Müller, mistura ficção e realidade para mostrar os impactos do sistema prisional sobre as famílias.
A trajetória real de Andrea Casamento inspirou o filme
O longa se baseia na história de Andrea Casamento, fundadora da Associação Civil de Familiares de Detentos em Prisões Federais (ACIFAD). Quando seu filho foi preso injustamente em 2004, Andrea começou a frequentar prisões e apoiar outras mulheres que enfrentavam situações semelhantes. Essa experiência se tornou a espinha dorsal da narrativa do filme.
As filmagens ocorreram em penitenciárias desativadas da Argentina, garantindo autenticidade à rotina de espera nas filas e às visitas aos presídios.
Andrea participa do longa em uma breve aparição, simbolizando o elo entre a história real e a adaptação cinematográfica. Um dos momentos centrais do filme — seu casamento dentro da prisão — também é inspirado em eventos reais, quando Andrea se casou com Alejo, um homem detido, diante de familiares e outras mulheres que esperavam na fila.
Com uma narrativa sensível, “A Mulher da Fila” amplia o olhar para além das grades, mostrando o impacto emocional e social do encarceramento sobre quem fica do lado de fora.
O filme tem sido elogiado por instituições de direitos humanos por representar de forma fiel a realidade dessas famílias, ao mesmo tempo em que traz visibilidade a um movimento de resistência que Andrea ajudou a fortalecer. Ao contar sua história, o longa transforma experiências pessoais em um retrato universal de luta, solidariedade e resiliência feminina.









