O Exorcista: dubladora de Pazuzu não foi creditada e viveu desastre familiar
“O Exorcista” (1973) é um clássico não apenas do terror, mas do cinema como um todo, e um dos principais fatores com certeza é a interpretação de Linda Blair, que tinha apenas 14 anos na época, como a menina possuída Regan, mas, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é ela que faz a icônica voz do demônio Pazuzu. Esta tarefa ficou por conta da atriz Mercedes McCambridge.
Apesar de sua interpretação memorável como a voz do demônio, a atriz não foi creditada inicialmente, como uma estratégia do diretor William Friedkin para dar mais destaque a Linda Blair, e acabou processando a Warner Bros., que foi obrigada a dar os devidos créditos depois.
Mercedes continuou na ativa até 1988, mas depois disso passou anos afastada dos holofotes até sua morte em 2004, aos 87 anos de idade, por causa de uma trágica história familiar.
Em 1941, a atriz teve o seu primeiro filho, John Lawrence Fifield, filho do seu primeiro marido, William Fifield. Aos 45 anos, em 1987, foi descoberto que John, que era consultor financeiro, vinha roubando milhões de dólares de seus clientes e depositando o dinheiro em uma conta da mãe. Demitido e sendo investigado pela polícia, John acabou cometendo suicídio e matando sua mulher e seus filhos.
Após este acontecimento trágico, Mercedes se afastou do olhar público e passou a dedicar seu tempo em grupos de ajuda de mulheres alcoolistas, problema do qual ela mesma sofria, e prestando apoio a famílias de pessoas suicidas.
Como foi feita a voz do demônio Pazuzu em “O Exorcista”?
Apesar dos seus problemas com bebida, a atriz bebia muito whisky enquanto fumava durante as gravações, para alcançar a voz rouca e sinistra do Pazuzu. Ela também engolia ovos crus e até chegou a ser amarrada em uma cadeira para conseguir entrar melhor no papel, já que, durante o ato final, o demônio passa a maior parte do tempo amarrado em uma cama.
Fonte: Hollywood Forever TV e Los Angeles Times Archives.
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