Zona de Interesse é baseado em fatos? A verdadeira história por trás do filme
Nesta quinta-feira (15), finalmente estreou nos cinemas brasileiros um dos filmes mais elogiados de 2023 – apesar de, tecnicamente, ser de 2022 -, “Zona de Interesse“, que recebeu cinco indicações ao Oscar 2024, incluindo a Melhor Filme.
“Com direção de Jonathan Glazer, ‘ZONA DE INTERESSE’ é um retrato impactante de uma família nazista vivendo nas proximidades de Auschwitz. No filme, Rudolf Höss (Christian Friedel), o comandante de Auschwitz, e sua esposa Hedwig (Sandra Hüller), desfrutam de uma vida aparentemente bucólica em uma casa com um jardim ao lado do campo de concentração” (sinopse da Diamond Films).
Este foi o primeiro longa-metragem do diretor desde o elogiado “Sob a Pele” (2013), estrelado por Scarlett Johansson. Ele também assina o roteiro, que foi baseado no livro de mesmo nome de Martin Amis. Alguns nomes do elenco são Christian Friedel (“13 Minutos”), Sandra Hüller (“Anatomia de uma Queda”), Johann Karthaus (“SOKO Hamburg”) e os estreantes Luis Noah Witte e Nele Ahrensmeier.
“Zona de Interesse” está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Som, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme Estrangeiro.
“Zona de Interesse” é inspirado em uma história real?
O livro de Martin Amis e, consequentemente, o filme são inspirados na vida do oficial nazista Rudolf Höss, que realmente existiu. Ele foi o oficial a ficar mais tempo no comando do campo de concentração de Auschwitz. Porém, uma grande diferença entre as duas obras é que o livro segue uma família fictícia, os Doll, inspirados nos Höss, enquanto o filme segue a família real.
Como boa parte do filme é focada na dinâmica familiar dos Höss, algo sobre o que não existem muitos registros públicos, o longa tem sua boa dose de “especulação e liberdades criativas”, nas palavras do site ScreenRant.
Mas sabemos de algumas informações, como o fato de que a família vive em uma vila idílica ao lado do campo, em que muros de folhas escondiam boa parte da fumaça das câmaras de gás – método implementado por Höss como uma forma mais “eficiente” de assassinato em massa.
Não existe um consenso se a esposa e os filhos de Rudolf Höss sabiam do que acontecia no campo. Em sua autobiografia, o oficial nazista disse que sua família não sabia de nada. Porém, um homem polônes chamado Stanislaw Dubiel, que trabalhou como jardineiro da família durante a guerra, revelou que Hedwig, assim como o marido, era profundamente antissemita. “Ela acreditava que [os judeus] todos deveriam desaparecer da superfície da terra, e que um dia chegaria a hora até mesmo para os judeus ingleses”, relatou Dubiel.
Fonte: ScreenRant e Smithsonian Magazine.
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