Ex-integrante e um dos membros fundadores de uma das maiores bandas de Metal do Brasil, o Sepultura, Max Cavalera comentou diversas vezes de forma negativa sobre um possível retorno à banda. Vale lembrar que Max deixou o Sepultura em meados de 1996.
Em entrevista recente ao podcast Rock Interview Series, Max, apesar do desejo dos fãs, conta que não tem interesse em realizar uma reunião do Sepultura, nem precisaria fazer nada do tipo, principalmente por estar satisfeito com seus trabalhos atuais.
“Estou muito ocupado agora com todos os projetos. Tenho tantos: Soulfly sendo minha banda principal, mas também o Go Ahead and Die com meu filho Igor e o Killer Be Killed. E já estou tocando um monte de coisas antigas com meu irmão. Isso, para mim, preenche o vazio de toda forma. Não penso nisso. Não preciso fazer nada assim nesse momento”, declarou o músico.
O apoio dos fãs também foi citado como crucial para que Max continue a focar em seus projetos atuais, especialmente o Soulfly, que lançou um novo álbum, Totem, em 2022. Mesmo assim, em entrevista ao Rock Mania no ano passado, o músico alegou que entende o apelo dos fãs para seu retorno.
Na entrevista, Max ressalta que não tem a intenção de “falar mal” da banda, mas deixa bem claro que, na sua visão, “a alma do Sepultura” está com ele e com o irmão, Iggor Cavalera. Porém, sabe-se que a relação entre Max e a banda é bem complicada.
Em 2021, uma confusão tomou conta da internet quando Max, em uma live chamada Max Trax, onde tocava e ensinava algumas músicas de seus projetos ao vivo, chamou a atual formação do Sepultura de “impostores”.
O irmão de Max, Iggor, em entrevista ao Mike Nelson Show, declarou que não possui intenção alguma em se reunir com o Sepultura. Para ele, o único interesse relacionado à banda atualmente é tocar com seu irmão as músicas que gravaram juntos na época.
Paulo Jr. não descarta possibilidade de reunião do Sepultura
O baixista Paulo Jr., único integrante original do Sepultura, presente na banda desde o surgimento em 1984, contou em entrevista ao podcast Scars and Guitars que não descartaria uma reunião do Sepultura clássico, mesmo estando há anos sem contatar Max.
Porém, Paulo deixou claro que para que a reunião possa ser considerada, precisaria acontecer de forma natural.
“Não sei sobre o futuro, mas agora… não quero forçar uma situação que não existe mais. Se acontecer algum dia, deve ser naturalmente. Porém, não me incomodo, não penso tanto sobre isso mais. Aconteceu há 20 anos. Segui em frente. Não dá para deixar todo mundo feliz. O melhor a se fazer é aprender de seus erros e tentar melhorar no futuro”, declarou Paulo.
Sepultura atualmente
A atual formação do Sepultura se consolidou a partir de 2011, com a chegada do baterista Eloy Casagrande. Além de Eloy e Paulo, Andreas Kisser assume as guitarras da banda desde 1987 e assumindo o posto de vocalista, o músico Derrick Green entrou na banda em 1998.
A banda lançou dois trabalhos recentes: o álbum Quadra, em 2020, que conquistou muitas avaliações positivas entre a crítica e o público e SepulQuarta em 2021, um álbum compilando gravações com convidados especiais realizadas durante o período pandêmico.
Além de diversos shows internacionais, no ano passado, o Sepultura se apresentou no Rock in Rio ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira. A união do som pesado da banda com ritmos diferentes não é incomum, tendo em vista apresentações anteriores com nomes como Zé Ramalho e Les Tambours du Bronx.