Nesta quarta-feira, a Promotoria do Brooklyn definiu que R. Kelly e a Universal Music terão que pagar uma indenização de US$ 500 mil para as vítimas do artista. A empresa é a representante do cantor há pelo menos duas décadas, e terá que arcar com os custos do processo judicial.
R. Kelly está cumprindo uma pena de 30 anos de prisão pelos crimes de extorsão e tráfico sexual em Nova York, realizados em 2021. Como parte de sua sentença, o vocalista, a Universal Music e a Sony Music foram condenados a pagar uma indenização de meio milhão de dólares às vítimas de abuso sexual.
O processo cita ambas as empresas de música, mas a última ordem é de que apenas a Universal Music terá que arcar com os valores. De acordo com a Promotoria, a empresa está em “posse de propriedade” de Kelly e os royalties do artista são o suficiente para cobrir a indenização de US$ 504.289.
R. Kelly: saiba mais sobre o caso do artista da Universal Music
R. Kelly, cujo nome completo é Robert Sylvester Kelly, tornou-se uma figura proeminente na cena do R&B no final da década de 1990 e início de 2000, com hits como I Believe I Can Fly e Ignition. Em setembro de 2021, o cantor foi condenado por extorsão e tráfico sexual depois de um julgamento de seis semanas que revelou seu esquema que contava com funcionários e intermediários para atrair fãs e jovens cantoras para condições abusivos e controladoras, muitas vezes prendendo-as em quartos sem água e acesso a banheiro por dias.
Kelly também foi condenado por coagir menores de idade a realizar atividades sexuais e por produzir vídeos sexuais com menores de idade. O julgamento ocorreu após três décadas de escândalos de abuso sendo noticiados. A série Surviving R. Kelly, de 2019, contou com relatos íntimos de vítimas do cantor e foi a gota d’água para o assunto ganhar ainda mais relevância popular.