Em meados de agosto deste ano, cinco suspeitos foram detidos pelas autoridades dos Estados Unidos após terem sido denunciados pelo suposto envolvimento na morte do ex-astro da série Friends, Matthew Perry. Há meses, as autoridades investigavam o ator teve acesso ao medicamento que o levou a óbito.
Dentre os suspeitos, foram detidos dois médicos e um assistente de Perry, que segundo o procurador federal Martin Estrada, faziam parte de “uma ampla rede criminosa clandestina”. E agora, dois meses após a captura do grupo, um dos integrantes se declarou culpado pela morte do ator.
Mark Chavez, de 54 anos, foi um dos médicos acusados, e declarou ter fornecido a droga cetamina de forma ilegal à Perry. Ele foi julgado em um tribunal de Los Angeles nesta segunda-feira (2). A sentença será anunciada no dia 2 de abril.
Dependendo da decisão, Chavez pode pegar até 10 anos de prisão pelo crime. Ele já havia sido libertado em uma audiência anterior mediante o pagamento de fiança, e após o ocorrido, concordou em devolver sua licença médica no estado da Califórnia.
Já os demais acusados a traficande Jasveen Sangha, conhecida como a “Rainha da Cetamina”, declararam-se inocentes. No entanto, Kenneth Iwamasa, que foi assistente de Perry, admitiu ter injetado a droga no ator e deve ter sua sentença anunciada em novembro.
Matthew Perry utilizava cetamina para tratamento
Vale destacar que a cetamina é uma droga bastante segura, de rápida ação, com poucos efeitos adversos. Contudo, ela deve ser administrada com responsabilidade quando utilizada em um tratamento. No caso de Matthew Perry, ele realizava uma terapia de infusão de cetamina para tratar a depressão e ansiedade.
Entretanto, o último tratamento conhecido do ator havia sido realizado há uma semana e meia antes de sua morte, segundo as investigações. Desta forma, os suspeitos teriam fornecido uma aplicação posterior ilegal, que acabou desacordando Perry, fazendo-o falecer em sua jacuzzi.
A autópsia revelou que Perry tinha o mesmo nível de cetamina no corpo que um paciente que recebe uma anestesia geral em cirurgia. O procurador federal Martin Estrada relatou em uma coletiva de imprensa que os acusados se aproveitaram da dependência do ator.