Em Família Soprano, os grandes destaques sempre serão as relações turbulentas entre seus personagens. Seja Tony Soprano com sua esposa, Chris e Adriana ou até mesmo Tony com sua terapeuta. Em meio a todas essas, há uma comparação que hoje se torna ainda mais relevante.
No episódio Big Girls Don’t Cry, o quinto da segunda temporada, vemos Richie Aprile saindo da prisão e clamando seu direito de ser novamente o capitão da família DiMeo. Tony, irritado, não concorda com as ameaças do irmão de Jackie.
Ao falarem de Janice, Richie explica: “Somos adultos, Tony, nós temos história juntos”, ao que Tony responde imediatamente: “Sim, como Israel e Palestina”. A comparação do protagonista faz alusão à complicada relação de ocupação realizada por Israel no território palestino, expulsando-os de sua terra.
Embora tenha sido exibido em fevereiro de 2000, o episódio voltou a ser atual por conta da fala de Tony Soprano. Neste final de semana, o Hamas, grupo militar terrorista formado por palestinos, atacou Israel, que atacou novamente o território palestino, em especial, na Faixa de Gaza.
Tony Soprano existiu?
Embora David Chase tenha falado repetidas vezes que Família Soprano é uma obra de ficção, muito se fala acerca da possibilidade de Tony Soprano realmente ter existido. Afinal, em meios às suas declarações, Chase confirmou que utilizou relatos reais para dar profundidade ao personagem.
Entre suas principais comparações, o mafioso de Nova Jérsei pode ter sido inspirado em Vincent “Vinny Ocean” Palermo, gangster de Long Island dono de um clube de strip, assim como Tony Soprano tinha o Bada Bing. Simone Rizzo DeCavalcante, também conhecido como “Sam o Encanador”, é outra possibilidade a partir de relatos.
Anthony “Tony Boy” Boiardo, além de compartilhar o mesmo nome, era um chefe do crime de Newark que vivia em Essex Fells. Conhecido por visitar uma terapeuta, as comparações entre o mafioso e Tony Soprano são claras. A tendência, no entanto, é que o personagem de James Gandolfini tenha sido inspirado em todos esses.