Quando o assunto são diretores de Hollywood, poucos nomes são mais lembrados do que Quentin Tarantino. Porém, o que poucas pessoas sabem é que o diretor possui seu próprio universo cinematográfico, dividido em dois níveis distintos.
Rumores sobre um suposto universo de Tarantino começaram com a estreia de Kill Bill, cuja trama se assemelha a uma linha de diálogo dos personagens Mia Wallace e Vincent Vega em Pulp Fiction – Tempo de Violência.
Ao descrever a premissa de um piloto de TV que havia atuado, Wallace destaca que iria dar vida à mulher mais mortal do mundo com uma faca. Eventualmente, Uma Thurman, de fato, interpretou a mortal Beatrix Kiddo.
Assim, surgem os universos “mais-real-que-a-realidade” e o “filme-dentro-do-filme”. Django Livre, Cães de Aluguel, Pulp Fiction, Bastardos Inglórios e Era Uma Vez em Hollywood, por exemplo, fazem parte do universo mais-real-que-a-realidade. Enquanto todos esses personagens vivem na mesma realidade, filmes como Kll Bill e Um Drink no Inferno são ficção.
“Basicamente, quando os personagens de Cães de Aluguel ou Pulp Fiction vão no cinema, Kill Bill é o filme que eles vão ver. Um Drink no Inferno é um filme que eles vão ver”, destacou Tarantino em entrevista.
Filme de Tarantino não faz parte de seu universo cinematográfico
De acordo com o diretor, há um filme em sua carreira que não faz parte de nenhum dos níveis de seu universo cinematográfico. Trata-se de Jackie Brown, lançado três anos após o sucesso estrondoso de Pulp Fiction.
Baseado na obra Rum Punch, escrito por Elmore Leonard em 1992, Tarantino adaptou o livro para o roteiro de seu longa. O diretor utilizou personagens de outras obras de Leonard e incorporou elementos de suas próprias referências, como a abertura em homenagem a A Primeira Noite de um Homem, com Dustin Hoffman.
O diretor comentou sobre a ausência de Jackie Brown de seu universo. “Esse filme acontece no universo de Elmore Leonard e foi interessante fazer um filme além desse pequeno universo que eu havia criado”, descreveu.
