Steven Spielberg declara qual é o melhor filme da sua carreira
Com mais de 50 anos de carreira, Steven Spielberg é um caso raro de diretor que conseguiu ficar tantas décadas seguidas em relevância, com um currículo recheado de clássicos do cinema. Spielberg tem tantos filmes memoráveis que até dificulta a vida dos fãs de escolherem um preferido… mas o diretor não tem essa dificuldade. Em entrevista recente ao The Hollywood Reporter, o cineasta de 77 anos revelou qual o melhor filme que ele já fez: “A Lista de Schindler” (1993).
“É o melhor filme que eu já fiz. Não vou dizer que é o melhor filme que eu vou ter feito. Mas atualmente, é o trabalho do qual eu mais me orgulho“, declarou o diretor.
Considerado um dos melhores filmes já feitos, “A Lista de Schindler” é inspirado na história real de Oskar Schindler (Liam Neeson), um empresário alemão trapaceiro que acaba se tornando um grande humanitário durante a Segunda Guerra Mundial. Schindler transformou sua fábrica em um abrigo para judeus, salvando mais de mil pessoas de serem assassinadas pelo regime nazista.
O longa foi indicado a 12 Oscars e levou sete prêmios para casa, incluindo Melhor Filme e Melhor Direção. O elenco conta com Liam Neeson (“Busca Implacável”), Ralph Fiennes (“O Paciente Inglês”), Ben Kingsley (“Gandhi”), Embeth Davidtz (“Matilda”), entre outros.
O filme está disponível na Globoplay para os assinantes do plano com o Telecine.
Steven Spielberg quase não dirigiu “A Lista de Schindler”
Atualmente, é quase impossível imaginar uma versão do filme que não tenha sido dirigida por Spielberg, mas foi isso que quase aconteceu.
Foi Spielberg que convenceu o estúdio Universal a comprar os direitos do livro que inspiraram o filme, lá nos anos 80. Porém, o diretor ainda não se sentia seguro o bastante para dirigir a produção e ficou “adiando” o projeto. “Sobreviventes vinham até mim na Polônia e diziam, ‘que escolha estranha’, e eu tinha um sentimento pesado no meu coração, de que o mundo não aceitaria ‘A Lista de Schindler’ de mim”, relembrou o diretor em entrevista ao Entertainment Weekly.
Spielberg começou a conversar com outros diretores da época, oferecendo o filme para eles, até encontrar um colega de trabalho disposto a dirigir o longa: Martin Scorsese (“Os Bons Companheiros”). Scorsese chegou até a contratar um roteirista para escrever o filme… mas ele também se sentia inseguro em dirigir o longa, por acreditar que talvez, por não ser judeu, ele não fosse a pessoa certa para contar essa história.
Por fim, os diretores acabaram “trocando” filmes. Scorsese ficou com o suspense “Cabo do Medo” (1991), remake de um filme de 1961 em que Spielberg vinha trabalhando. R Spielberg voltou para “A Lista de Schindler” – decisão da qual vimos que ele não se arrependeu.
Fonte: Collider.
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