Com o crescimento constante do streaming, uma prática que se tornou muito comum entre os grandes artistas é a venda de catálogos musicais. Esta modalidade se tornou extremamente popular durante a pandemia de Covid-19, tornando-se um grande negócio, especialmente para músicos veteranos.
E uma banda lendária que recentemente decidiu fechar um acordo deste tipo foi o Pink Floyd, que vendeu os direitos autorais de suas obras para a Sony Music Entertainment após uma extensa série de negociações. Segundo a revista Variety, este foi um dos maiores acordos já feitos pela empresa.
Vale destacar que a transação gira em torno de impressionantes US$ 400 milhões, colocando o Pink Floyd entre os gigantes das aquisições musicais. Consequentemente, isso também pôs um fim à série de conflitos que os integrantes da banda travaram durante anos.
Desta forma, a Sony Music se tornou dona dos direitos de gravações, além de direitos de “nome e imagem” da banda, o que inclui mercadorias diversas como filmes e séries. Todavia, os direitos de composições foram mantidos com os integrantes.
Até o momento, nenhum dos integrantes do Pink Floyd se manifestou publicamente, e nem mesmo a gravadora comentou sobre a situação. De qualquer modo, é inegável que agora, a Sony está em posse de um dos catálogos mais valiosos da música.
Pink Floyd pode voltar a se reunir após acordo com a Sony Music?
Embora a venda do catálogo à Sony Music tenha sido um acordo generoso, isso não significa que os problemas entre os integrantes do Pink Floyd estão totalmente encerrados. Vale ressaltar que os figurões da banda, David Gilmour e Roger Waters, possuem uma relação tensa há décadas.
Em entrevista recente ao jornal The Guardian, Gilmour deixou claro que não existe a possibilidade de dividir o palco com o ex-colega novamente. “Costumo evitar pessoas que apoiam ativamente ditadores genocidas e autocráticos como Putin e Maduro”, declarou o músico.
Em 2010, os dois fizeram um show beneficente juntos, antes de Gilmour fazer uma aparição na turnê The Wall, de Waters, em 2011. Depois disso, a relação da dupla nunca mais foi a mesma, e desde então este atrito impediu qualquer chance de uma reunião do Pink Floyd.