Um dos sucessos mais surpreendentes e um dos filmes mais controversos do ano passado foi “Som da Liberdade“, que chegou recentemente ao streaming do Prime Video.
O filme conta a história real do ex-agente do governo americano Tim Ballard, interpretado por Jim Cazievel (“A Paixão de Cristo”). Na trama, Ballard embarca em uma missão perigosa pela Colômbia para resgatar crianças vítimas de tráfico infantil.
Curiosamente, segundo uma matéria da Vanity Fair, quando o diretor e roteirista Alejandro Monteverde começou a escrever o filme, ele não era inspirado em uma história real. Por volta de 2017, o diretor ficou chocado com notícias sobre tráfico infantil e decidiu escrever um roteiro sobre o assunto. Junto com Rod Barr, ele escreveu um roteiro 100% ficcional em que um cara rico descobre um esquema de tráfico e exploração sexual de crianças e passa a comprar elas para libertá-las.
Um produtor do projeto acabou perguntando ao diretor se ele já tinha ouvido falar de Tim Ballard, um ex-agente que fundou a Operation Underground Railroad (OUR), uma organização para combater o tráfico infantil. Monteverde pesquisou o nome de Ballard no Google e se deparou com as notícias de uma operação em 2014 em que a OUR, junto com o governo colombiano, resgatou 123 pessoas traficadas – 55 delas eram crianças.
Depois disso, o diretor conheceu Ballard e decidi reformular seu projeto para contar a história do ex-agente e do resgate na Colômbia.
“Som da Liberdade” é fiel à realidade?
Assim como em vários outros filmes baseados em fatos, “Som da Liberdade” tem muita coisa que aconteceu de verdade… mas também muitos acréscimos ou especulações ficcionais.
A forma como Tim Ballard abandonou seu emprego como agente da CIA no meio de uma operação na Colômbia é real. Depois de anos caçando usuários de pornografia infantil, Ballard decidiu trabalhar pelo resgate das crianças exploradas.
Porém, o modus operandi mais comum dos traficantes não é tão parecido com o do filme. Os criminosos não costumam ser desconhecidos que sequestram de repente as crianças, mas pessoas que as famílias conhecem e em quem confiam. Alguns especialistas acusaram “Som da Liberdade” de “glamourizar” o trabalho anti-tráfico.
Fonte: MovieWeb.
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