“Skinamarink”. A palavra sem nenhum significado ou tradução nomeia o mais novo longa metragem de horror experimental que vem arrancando diferentes reações do público. Na realidade, a palavra apareceu pela primeira vez num programa infantil The Elephant Show, no verso de uma das canções do programa.
Porém, em nada se assemelham. Skinamarink, escrito e dirigido pelo canadense Kyle Edward Ball trata-se de um filme angustiante e propositalmente difícil para o espectador. A ideia do projeto é trazer uma experiência de imersão para quem o assiste.
Uma recomendação divulgada a quem se interessar pelo filme aponta as formas de realmente aproveitá-lo: assistir à noite, luzes apagadas, silêncio e fones de ouvido, se possível. Desta forma, o criador do projeto promete que a real experiência do longa será sentida.
Lançado em 25 de julho, o longa não está disponível em nenhuma plataforma de streaming com raízes nacionais, mas está presente no catálogo da Shudder. O diretor Ball também anunciou que o filme será lançado nos cinemas no dia 13 de janeiro de 2023 através da empresa IFC Midnight.
Mesmo com a informação sobre exibição em cinemas, ainda não há nenhuma previsão de exibição nos EUA ou Brasil. Assista ao trailer:
Trama e ideia por trás de Skinamarink
Na trama, acompanhamos o drama de duas crianças, Kevin e Kaylee, que despertam no meio da noite e descobrem que seus pais, simplesmente, sumiram, bem como as portas e janelas da casa. À medida em que os irmãos vagam pela casa, uma coisa se torna clara: seus pais podem ter sumido, mas elas não estão sozinhas.
Com isso, coisas estranhas começam a acontecer no local, como cômodos de ponta cabeça, objetos se movendo, portas desaparecendo e, o pior de tudo: há uma voz amedrontadora que conversa com as crianças, indicando que o perigo está as rondando por todos os cantos.
O diretor fez questão de utilizar uma imagem granulada nas filmagens, com equipamentos antigos, para aumentar ainda mais a curiosidade e tensão ao espectador. O longa foi produzido com um orçamento de cerca de US$ 15 mil, arrecadado via crowdfunding.
Ball já possui um certo renome no horror experimental, devido a seus curtas disponíveis no YouTube. Um deles, chamado Heck, pode ter sido a principal inspiração para Skinamarink. O curta está disponível no canal Bitesized Nightmares. Assista:
Com a intenção de simular um pesadelo e a utilização de imagens analógicas (parecidas com as do gênero found footage), o projeto ganha uma estética amedrontadora. Esse mix de elementos torna o filme em uma experiência única e parecida com o que é visto em um gênero chamado analog horror.
O analog horror é um subgênero do terror, constituindo uma variação da técnica de “found footage”. Esse gênero é comumente caracterizado pela baixa resolução das gravações, mensagens enigmáticas e estilos visuais que lembram a televisão do século XX e é muito popular na internet.
Independente das críticas mistas, é certo que Skinamarink chamou a atenção do público, que aguarda sedento por um próximo projeto de Ball enquanto resolve todos os mistérios que seu mais recente longa metragem deixou.