No dia 22 de março, estreou na plataforma da Netflix o filme “Shirley para Presidente”, que traz no seu enredo, um drama biográfico sobre a primeira mulher negra a ser eleita para o Congresso dos Estados Unidos. Dirigido por John Ridley, a produção cinematográfica foi estrelada por Regina King, além de ter no elenco Lance Reddick , Lucas Hedges, Brian Stokes Mitchell, Christina Jackson, Michael Cherrie, André Holland e Terrence Howard .
No filme, acompanhamos a história de Shirley Chisholm, que nasceu em 1994 e morreu em janeiro de 2005, aos 80 anos. Durante a sua trajetória, ela foi educadora e dedicou a sua vida para a política, alçando patamares jamais explorados antes, como concorrer ao cargo de presidente dos Estados Unidos nas eleições de 1972.
Detalhes da vida de Shirley Chisholm
Nascida no Brooklyn, Nova York, Shirley Chisholm era filha de imigrantes caribenhos e era a filha mais nova de três irmãs. Seu pai era Charles Christopher St. Hill, que viveu em Barbados por alguns anos antes de migrar para os Estados Unidos pelas Antilhas, Cuba, durante a década de 1920. Já sua mãe, Ruby Seale, nasceu em Christ Church, Barbados e também migrou na mesma época para o país norte-americano.
Durante a sua formação acadêmica, estudou no Brooklyn College e na Columbia University para se tornar professora. Na época, ficou conhecida por ter conhecimentos importantes sobre a educação e o bem estar infantil. Sua vida política começou em 1965, quando se tornou membro da Assembleia Estadual de Nova Iorque e se destacou como Deputada Estadual, pensando em subsídios de desemprego para trabalhadores domésticos, além de criar fundos para facilitar o acesso de alunos desfavorecidos à chance de entrar na faculdade.
No Congresso, enfrentou não só a oposição de partido, como também com os democratas e com a sua comunidade, muitas vezes apontada como alguém que buscava mais chamar atenção ao invés de pensar no povo. Na época, Shirley Chisholm relatou: “Quando concorri ao Congresso, quando eu concorri à presidência, encontrei mais discriminação por ser mulher do que por ser negra. Homens são homens”.
Após perder a corrida eleitoral, voltou ao seu cargo legislativo e se reelegeu até 1983. Após o momento político, voltou a lecionar na área de ciência política e sociologia no Mount Holyoke College, em Massachussetts e atuou como embaixadora dos Estados Unidos na Jamaica.