Assim como a cinematografia, a trilha sonora e os cenários, os figurinos têm um papel essencial em qualquer filme, podendo servir como uma outra forma de contar a história. E alguns cineastas levam essa importância muito a sério, desembolsando boa parte do orçamento para essa divisão. Mas qual é o figurino mais caro do cinema?
Quando pensamos nisso, nossa cabeça costuma ir para projetos de fantasia, como a trilogia “Senhor dos Anéis”, ou épicos extravagantes, como “Cléopatra” (1963). Porém, o figurino mais caro das telonas aparece em um filme contemporâneo – da época em que ele foi lançado – e com uma trama relativamente realista: “A Mulher Que Não Sabia Amar” (1944).
A trama acompanha Liza Elliot (Ginger Rogers), editora-chefe de uma revista de moda. Apesar de ser bem durona e profissional, Liza sofre com ansiedade e depressão e começa a ter sonhos recorrentes em que usa roupas e penteados extravagantes, algo bem diferente do seu estilo diário. Ela se consulta com um psiquiatra para entender o motivo desses “devaneios”, ao mesmo tempo em que conhece dois homens.
O figurino de “A Mulher Que Não Sabia Amar”
São justamente esses delírios da protagonista que fazem o figurino do filme ser tão pomposo e tão caro. A produção precisou de 700 figurinos individuais, além de 15 modelos diferentes apenas para a personagem principal. O figurino do longa foi criado pela lendária figurinista Edith Head, que é até hoje a mulher com mais vitórias no Oscar (oito).
O visual mais famoso do longa é um vestido vermelho com mangas longas e um decote em V. O que provavelmente deixou o figurino mais caro foi a saia, feita de pele de mink (vison no brasil), um mamífero pequeno. Não bastando a saia, ela ainda usa um bolero e luvas de pele de mink.
Aliás, quem quiser conferir o vestido ao vivo pode visitar a peça em exposição no Museu Vitória e Alberto em Londres.
Segundo o livro de memórias da figurinista, o vestido custou US$ 35 mil, com apenas as peles tendo custado US$ 15 mil. Corrigindo a inflação, o valor seria próximo a US$ 620 mil nos dias de hoje.
Fonte: Collider.
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