Em 2002, a indústria da música nacional foi marcada com o triste fim da dupla Claudinho e Buchecha, ocasionado pela trágica morte de Claudio Rodrigues de Mattos, o Claudinho, em um acidente de carro em julho daquele ano. Com isso, o cantor foi enterrado no cemitério do Carmo, na Zona Portuária do Rio.
Recentemente, os restos mortais do corpo do artista se tornaram alvo de polêmica, pois a viúva do cantor, Vanessa Alves Ferreira, entrou na Justiça do Rio após descobrir que o cemitério os removeu do jazigo perpétuo onde se encontravam sem a autorização da família.
Segundo a defesa de Vanessa, os restos mortais de Claudinho foram parar em um nicho dentro do próprio cemitério, onde também haviam nomes de outras sete pessoas. A situação foi descoberta após um fã ter visitado o jazigo do cantor para homenageá-lo e perceber lá estavam restos de outra pessoa.
A viúva então decidiu visitar o local e comprovou a informação. Deste modo, Vanessa pede indenização por danos materiais e morais, exigindo que a Venerável Arquiepiscopal Ordem Terceira da Nossa Senhora do Monte Carmo, responsável pelo local pague mais de R$ 1 milhão.
Além disso, ela ainda pede que os restos mortais de Claudinho sejam removidos de onde se encontram atualmente e retornem ao jazigo 7471, onde costumavam ficar, com a ordem responsável por todas as despesas de transferência.
Viúva de Claudinho alega que não foi informada de alterações
Até o momento, o cemitério do Carmo não emitiu nenhuma nota sobre o ocorrido. Porém, nos documentos do processo, averiguados pelo portal G1, representantes do local alegam terem enviado um telegrama para Vanessa, tentando comunicação para alertar sobre a mudança.
Contudo, a viúva de Claudinho afirma que nunca recebeu o suposto telegrama, e que, conforme citado anteriormente, ficou sabendo da situação através de um fã do cantor. Foi públicado um vídeo no YouTube onde podia ser vista a alteração do nome no jazigo.
Inclusive, em 2021, foi realizada a exumação do corpo. Entretanto, na petição inicial do processo, Vanessa alega que também não foi informada sobre o procedimento. O jazigo foi doado à família de Claudinho pela gravadora Universal Music, que gerenciava a carreira da dupla.