Esse é o álbum mais elegante que já ouvi. Na década onde o movimento Grunge dominava e no ano de desmanche do Soundgarden, 1997, o Whitesnake lança o maravilhoso Restless Heart.
“O álbum marcou uma mudança significativa na sonoridade que a banda Whitesnake estava seguindo nos seus dois últimos álbuns de estúdi: 1987 e Slip of the Tongue, pois deixou de lado todo o peso e toques de virtuosismos do hard rock praticado na segunda metade da década de 1980 e resgatou um pouco da sonoridade original da banda na década de 1970 que se caracterizava por um hard rock mais cru com nítidas influências do Blues” (Fonte: Wikipédia)
Sempre fiquei intrigado pelo fato do Coverdale se sobressair tanto na banda chegando ao ponto de figurar na capa desse álbum. Fazendo uma breve pesquisa, descobri que isso pode não ser a toa. Na verdade, esse deveria ser fruto do trabalho solo do vocalista, mas por brigas judiciais acabou indo para a discografia do Whitesnake. Ou melhor, David Coverdale & Whitesnake.
Músicas do Restless Heart
Don’t Fade Away, All In The Name Of Love e Too Many Tears seguem uma linha que lembra as rádios FM. Tem um certo climão das músicas que ouvimos no carro com pouco peso, mas totalmente relaxantes. A segunda já apresenta os agudos rasgados característicos do Coverdale e a terceira fez um leve sucesso tendo ficado na 46º posição dos UK Singles sendo regravada pelo vocalista anos depois para o álbum Into The Light.
Restless Heart, faixa homônima ao álbum, e Crying tem o toque de Adrian Vandenberg com seus riffs sensacionais. Com um baixo totalmente melódico, Restless Heart ainda tem o destaque do grave suave de Coverdale em alguns trechos.
Stay With Me (Baby) pra mim é a melhor faixa do álbum, traduzindo o que é o blues e o que é o rock com vontade. Não exagera, nem peca em nenhum dos dois segmentos e figura com um feeling ardoroso. Maravilha! É seguida por Can’t Go On que acalma os ânimos e prepara para You’re So Fine que rememora levemente o Rockabilly encontrando o peso certo sem perder a elegância.
Your Precious Love é outra faixa pra relaxar. Tem uma levada nada maçante, com o seu ápice no refrão. Parece uma mescla de Can’t Go on com All In The Name Of Love pegando o que cada uma tem de melhor. Linda.
Take Me Back Again me lembra um pouco o álbum Page & Coverdale – que também vale a pena ser escutado. Essa faixa, assim como Woman Trouble Blues, fecham o álbum de maneira “maestralmente blues”. Mais uma vez a mescla do peso do Whitesnake com o Blues. Sensacionais!
Whitesnake – Don’t Fade Away
O Whitesnake é uma das maiores bandas oriundas dos anos 80, se quiser conhecer mais sobre essa década, acesse nosso artigo com as melhores músicas de rock anos 80.