Regras do jogo (Rules of Engagement) é um filme de ação lançado em 2000, tendo como protagonistas os atores Tommy Lee Jones e Samuel L. Jackson, além da direção de William Friedkin, eternizado pela realização do clássico O Exorcista, lançado quase três décadas antes.
Neste filme, Lee Jones e L. Jackson são os coronéis Hays Hodges e Terry Childers respectivamente. Os dois amigos lutaram juntos no Vietnã, sendo que Terry salvou Hays de uma emboscada dos soldados inimigos, que acabaram por matar todo o pelotão de Hodges, que ainda ficou ferido e não pode retornar ao campo de batalha novamente.
Muitos anos depois do acontecido, Childers comparece a cerimônia de despedida de seu eterno amigo, que agora se aposenta como um simples veterano e advogado militar mediano. Neste momento, Terry, ainda em atividade, é chamado para uma missão de resgata no Iémen, onde a embaixada americana sofre grande risco nas mãos de terroristas.
Nesta missão, muitas coisas acontecem fora do normal e as informações que chegam nos EUA não são nada boas para Childers, que agora terá de contar com o apoio e confiança de seu amigo, que pela última vez estará atuando em um tribunal militar.
William Friedkin faz um bom filme
O enredo é exatamente como um filme de tribunal deve ser, com um fato marcante, alguns laços de relações próximos entre os personagens, um advogado beberrão e um réu determinado. William não faz nada de diferente e nem mesmo genial, como já fez em muitos filmes, porém nada que manche o bom filme que é Regras do Jogo.
Este filme mostra com clareza como um soldado pode ter de tomar decisões difíceis em situações extremas, além de que algumas escolhas podem fazer com que pessoas sofram, porém é dever de um oficial defender os seus aliados, correto?
É justamente essa pergunta que o filme trata, mostrando que não existe um lado feliz na guerra e que baixas de culpados e inocentes acabam acontecendo.
Em determinados pontos o roteiro é mal desenvolvido, principalmente no que diz respeito aos depoimentos, que acabam se tornando superficiais e não chegam nem perto de filmes ícones da área, como por exemplo o clássico “Questão de Honra”.
A investigação de Hays também é curta e pouco explorada, algo que poderia dar uma apimentada na história. Algo que irritou muitos (SPOILER) espectadores é a questão do réu ser inocentado logo na metade do filme, quando a fita que mostra a matança é apagada pelo Departamento de Defesa.
Muitas críticas são superficiais e ideológicas, principalmente nas questões que envolvem a política Iemenita e a clara apologia ao uso da força pelo exército. Não ignore estes comentário, porém também não deixe de assistir o filme, pois muitos pontos de reflexão sobre a guerra e sobre como cumprir seu dever, mesmo que isso gere desconforto, são abordados no filme.
Não é nem perto do melhor filme de Tommy Lee Jones, Samuel L. Jackson e William Friedkin, porém, um bom filme.