Conhecido por suas opiniões ácidas, o crítico musical Regis Tadeu foi o convidado do 79º episódio do podcast Talk Churras, que foi ao ar em março deste ano. Entre os assuntos abordados durante a conversa, diversas bandas brasileiras foram citadas.
Entre elas, a banda Skank, que se aposentou no início deste ano. Questionado se a banda fará falta para a música brasileira, Regis apontou que o Skank fará falta devido à seus shows, classificados como “um caminhão de hits”.
“O Skank virou uma grande máquina de animação. Então, as pessoas vão nos shows não para ouvir as músicas mais recentes do Skank, [mas sim] para ouvir os grandes hits. E o show do Skank é um caminhão de hits (…). Os dois últimos discos do Skank passaram em branco. E aí quando a pessoa vai no show, tem 130 milhões de pessoas no show do Skank, querendo ouvir aquelas músicas do passado”, apontou o crítico.
O apresentador, Paulo Mathias, afirmou que trazer um repertório com os maiores hits é algo comum para bandas dos anos 80 e 90, e utilizou o grupo Jota Quest de exemplo. A partir deste momento, Regis não poupou seus argumentos.
“Primeiro que eu não vou no show do Jota Quest, mas nem sob a mira de uma espingarda. Os caras são uns caras muito legais, muito gente fina, todo mundo ali toca muito, mas, cara, show do Jota Quest é mais ou menos como você ficar trancado um container com o Luciano Huck durante dois meses. Nossa Senhora, é muito chato”, alfinetou Regis.
Por fim, o crítico definiu que a banda liderada por Rogério Flausino e o apresentador do programa “Domingão com Huck” são equivalentes.
“O Jota Quest na verdade é o Luciano Huck do rock. Assim como o Luciano Huck é o Jota Quest da TV”.
A conversa completa está disponível através do YouTube, no canal oficial do podcast. O papo tem início por volta de 1h de conversa. Assista abaixo:
Regis Tadeu vs. Jota Quest
Essa não é a primeira vez que o crítico musical demonstra seu desdém pela banda mineira. Em uma edição da revista Mosh, publicada entre agosto de 2004 até 2006, o crítico, famoso por suas listas polêmicas, incluiu o Jota Quest na lista dos “50 Hits Mais ‘Ihitantes’ Da Música Nacional” com a música “Fácil”.
“Poucas bandas conseguem no Brasil representar tão bem a inofensividade que a música Pop pode proporcionar quanto o Jota Quest. Esta balada, desprovida de qualquer conteúdo, é uma das canções mais abomináveis já registradas em CD. Da letra canhestra às levadas insípidas, tudo aqui é um desastre, algo que pode ser comparado à queda do dirigível Hindenburg”, diz o texto da publicação.
Em outras entrevistas, Regis reforçou suas falas comparando a banda ao apresentador de TV, alegando ser “rock para quem usa sapatênis”, além de apontar que apesar de os músicos serem bons, a música é “muito inofensiva”.