Com a popularização das plataformas de streaming, ouvir música se tornou uma atividade simples para as pessoas, com os aplicativos fornecendo gigantescos catálogos e playlists para que os usuários possam escolher o que mais lhes agrada no momento.
E diversas plataformas surgiram com o tempo, conquistando a atenção do público com suas funcionalidades e valores. Mas, certamente, uma das mais populares entre os ouvintes está o Spotify, que é um dos mais conhecidos aplicativos para reprodução de música em streaming.
Dominando 31% do mercado global, obviamente o Spotify também se torna o objetivo dos artistas, que pretendem disponibilizar suas músicas na plataforma a fim de que ela chegue a mais pessoas e assim conquistar sua remuneração. Mas a forma de pagamento da plataforma é bem diferente do que se pensa.
Existe valor fixo por reprodução no Spotify?
Diferente do que se imagina, o Spotify não possui um valor fixo por reprodução, de modo que não há um valor tabelado para cada vez que a música de um determinado artista é tocada. Na realidade, é realizado um cálculo mensal feito pela plataforma levando-se em consideração o desempenho do artista.
Os streams são quantificados por meio de um cálculo que leva em conta a receita líquida gerada naquele mês pelo serviço, considerando um valor variável para ser acrescido à quantidade de plays. Vale ressaltar que estes valores são atualizados anualmente e ainda podem variar de acordo com a região.
Desde 2018, os valores variáveis estão entre US$ 0,003 e US$ 0,008 por reprodução, o que causa bastante polêmica até hoje. Eles também podem variar de acordo com a conta dos usuários, caso seja Spotify grátis ou premium.
Para os artistas, o Spotify paga US$ 0,00397 por reprodução. Dessa forma, a cada 1.000 reproduções, o valor repassado para o detentor dos direitos é de aproximadamente US$ 3,97, necessitando que o artista intensifique a divulgação para de fato conquistar ganhos significativos.
Como funciona o pagamento no Spotify
Para que o Spotify reproduza as músicas ou podcasts de um artista, a plataforma deve pagar os royalties para ele, ou seja, uma porcentagem dos lucros obtidos. Conforme citado anteriormente, estes lucros são devolvidos ao detentor dos direitos, podendo ser o próprio artista ou uma gravadora, por exemplo.
Em qualquer um desses casos, a empresa possui seu próprio contrato com o artista, com cláusulas específicas que incluem o quanto ele vai levar para casa devido ao seu desempenho no Spotify, considerando uma dedução de impostos.
Em resumo, é possível definir mais ou menos quanto o artista deverá receber em royalties por parte do Spotify, mas não há como saber o valor final que cada profissional recebe, pois, caso ele seja representado por uma empresa, é ela quem fará a divisão dos valores no final.
Vale a pena colocar música no Spotify?
Por fim, a decisão entre disponibilizar ou não as músicas no Spotify, principalmente para artistas independentes, cabe diretamente ao produtor. Isso porque é nítido que conquistar uma fortuna não é uma tarefa fácil, mas o Spotify é a plataforma que mais tem reproduções no mundo.
Apesar das diversas polêmicas com relação aos valores, a plataforma é o serviço mais acessado e com mais visibilidade para o artista, portanto, conseguindo assim ser o que possui mais reproduções, ultrapassando aplicativos como Itunes e YouTube Music.
Já artistas que integram gravadoras ou distribuidoras, consequentemente estarão presentes nas plataformas, mas cabe a eles analisar o que foi acordado com as empresas, buscando entender se a remuneração sobre suas músicas será justa.