Recentemente, o cineasta Woody Allen lançou o filme Golpe de Sorte em Paris, o 50º de sua carreira, que vem sendo recebido de maneira mista, apesar de ter conquistado a crítica. Mas nem todos os apontamentos negativos tem a ver com a qualidade técnica do longa em si.
Acontece que Allen, que atualmente está com 88 anos de idade, atualmente é mais conhecido por seus cancelamentos do que por sua brilhante carreira, que inclui incontáveis prêmios como Oscars, Globos de Ouro e BAFTAs, e filmes que são grandes referências para o cinema.
Por volta de 1979, Allen iniciou um relacionamento profissional e pessoal com a atriz Mia Farrow. Porém, a relação teve um fim conturbado quando o cineasta começou um relacionamento em 1991 com a filha adotiva de Farrow e Andre Previn, a sul-coreana Soon-Yi Previn, quando ela tinha 20 anos e ele, 55.
Como se isso não fosse o suficiente, no ano seguinte, Farrow ainda o acusou de abusar sexualmente de sua outra filha adotiva, Dylan Farrow. Embora o caso tenha ganhado atenção substancial da mídia, Allen nunca foi processado ou acusado formalmente e negou veementemente a alegação.
Apesar das acusações nunca terem sido comprovadas, e Soon-Yi defender seu então marido, com quem se casou em 1997, ainda assim Allen se tornou uma espécie de persona non grata de Hollywood, com sua presença ainda sendo alvo de muitas controvérsias que parecem nunca ter uma conclusão.
Woody Allen pretende se aposentar
Com o lançamento de Golpe de Sorte em Paris, que é seu primeiro filme falado em outro idioma, Woody Allen revelou que está considerando se aposentar. Em entrevista ao portal G1, ele explicou seus motivos, mas deixou claro que nada tem a ver com os problemas com Mia Farrow.
Durante a conversa, Allen relatou a dificuldade que tem se tornado conseguir subsídios para suas produções, considerando seu lento retorno. Isso acaba obrigando-o a participar de eventos em busca de financiamento para seus projetos, que é algo que já está deixando-o cansado.
“É mais lucrativo para quem financia investir US$ 100 milhões, US$ 200 milhões e fazer filmes muito grandes […] Para financiar um filme como o meu, que é muito barato, eles não ganham muito dinheiro agora”, apontou o cineasta, que disse estar contente com a filmografia construída ao longo das décadas.