Muitos filmes e programas de TV cobriram a vida do assassino em série Jeffrey Dahmer, incluindo a mais recente série produzida pela Netflix Monstro: a história de Jeffrey Dahmer. Na série, é apresentado ao espectador diferentes aspectos da vida de Dahmer, desde sua infância até sua morte.
Morte esta que veio pelas mãos de outro detento enquanto Jeffrey estava na cadeia. Dahmer foi condenado a um total de 941 anos de prisão, mas não durou muito preso, o serial killer canibal cumpriu menos de três anos antes de morrer. Ele foi espancado até a morte por Christopher Scarver, outro detento da prisão de segurança máxima Columbia Correctional Institution.
Ao ser encaminhado para a penitenciária, devido à atenção que ele e seus crimes receberam, os funcionários da prisão sentiram que era mais seguro manter Dahmer longe da população carcerária em geral. Ele foi isolado de outros prisioneiros sob custódia protetora e era algemado quando não estava em sua cela.
Após seu primeiro ano na prisão, Dahmer solicitou mais liberdade de movimento e interação com outros prisioneiros. Ele foi autorizado a assistir às aulas, comer refeições comunitárias e fazer deveres de trabalho.
Enquanto estava na prisão, Jeffrey contava piadas e fazia provocações, dizia aos prisioneiros “eu mordo”. Em julho de 1994, ele foi atacado por Osvaldo Durruthy, um detento que tentou cortar sua garganta, mas acabou sofrendo apenas alguns ferimentos leves.
A sentença final de Scarver à Dahmer
No dia a dia da penitenciária, o criminoso tinha um sádico e nojento hábito. Dahmer utilizava comida para esculpir membros do corpo humano decapitados, e o ketchup era tido como sangue falso. O objetivo das criações era assustar os outros presos. Por isso, deixava, estrategicamente, as esculturas macabras onde outras pessoas pudessem ver, conforme contou Christopher Scarver em entrevista.
Em 28 de novembro de 1994, Dahmer deixou sua cela para realizar seus trabalhos, junto de outros dois presos, Jesse Anderson e Christopher Scarver, e nunca mais voltou. Naquela manhã, os três foram deixados sem supervisão por vinte minutos, enquanto limpavam os chuveiros da academia da prisão.
Pouco tempo depois, os corpos de Jeffrey Dahmer e Jesse Anderson foram encontrados. O responsável pelo crime foi Scarver, que usou uma barra de metal para espancá-los até a morte.
Sobre o assassinato, Scarver revelou que mostrou recortes de jornais com os crimes cometidos por Dahmer. “Eu perguntei se ele tinha feito aquelas coisas porque eu estava muito enojado. Ele ficou chocado, e começou a procurar a porta bem rápido. Eu o impedi”.
Após o confronto, Christopher atingiu o assassino em série na cabeça com uma barra de metal da academia. Assim como fez com Jesse Anderson, acusado de matar a esposa, minutos depois. Scarver então voltou para a cela e informou um guarda do ocorrido: “Deus me mandou fazê-lo. Jesse Anderson e Jeffrey Dahmer estão mortos”.
Christopher Scarver foi condenado a prisão perpétua em 1990, pelo assassinato de Steven Lohman, um funcionário do Wisconsin Conservation Corps, empresa em que ele trabalhava. Em 1995, recebeu mais duas sentenças de prisão perpétua pelos assassinatos de Jeffrey Dahmer e Jesse Anderson.
Hoje, aos 53 anos, Scarver segue na prisão cumprindo suas sentenças. Ele passa o tempo escrevendo poesias, canções e é autor dos livros The Child Left Behind, Pain e God Seed.
Em 2003, Scarver foi transferido de Wisconsin para o Colorado depois que 36 detentos mentalmente doentes entraram com uma ação coletiva sobre as condições na prisão de Wisconsin. De acordo com a biografia de Scarver, de seu livro de 2015 The Child Left Behind, ele deseja frequentar a faculdade para estudar engenharia mecânica e elétrica através da iniciativa American Prisoner Repatriation Act.