Uma novidade que chegou recentemente aos cinemas brasileiros é o filme italiano “O Sequestro do Papa”, baseado em uma chocante história real que aconteceu no século 19.
“O Sequestro do Papa”
“Baseado na escandalosa história verídica de um menino judeu, Edgardo Mortara, que foi sequestrado da casa de sua família em Bolonha, em 1858, por ordem do Papa Pio IX. Durante anos os pais dedicam seus esforços para recuperar seu filho, mas, apesar dos apelos desesperados da família e da indignação pública, o Papa permanece irredutível. A história deles revela um capítulo sombrio da tirania histórica na Igreja tendo como pano de fundo uma nação à beira da revolução” (sinopse da Pandora Filmes).
O filme é dirigido por Marco Bellocchio, que teve projetos como “Belos Sonhos” (2016) e “Sangue do Meu Sangue” (2015). O elenco conta com nomes como Paolo Pierobon (“1993”), Fausto Russo Alesi (“A Hora Dupla”), Barbara Ronchi (“Belos Sonhos”), Filippo Timi (“A Hora Dupla”) e Fabrizio Gifuni (“Capital Humano”).
A história real de “O Sequestro do Papa”
A história aconteceu na comuna italiana Bolonha, nos anos 1850. Edgardo Mortara era o sexto filho de uma família judia e a empregada da família batizou o menino sem o conhecimento dos pais dele para “salvar a alma da criança”. Quando Edgardo tinha seis anos, o inquisidor da Igreja Católica descobriu que ele tinha sido batizado e declarou o menino como cristão.
Na época, era proibido que pais que não fossem cristãos criassem uma criança cristã. Então a Igreja roubou a criança dos braços da família e levaram o garoto para Roma, onde ele foi enviado para uma escola para judeus convertidos. Devastados, os pais de Edgardo fizeram de tudo para recuperar o filho, iniciando uma campanha internacional para conseguir ele de volta. O rígido Papa Pio IX se recusa a libertar Edgardo e passa inclusive a ser um mentor pessoal do garoto, além de batizá-lo uma segunda vez.
Em 1860, nacionalistas derrubaram o governo do Papa em Bolonha e o inquisidor foi preso pelo sequestro de Edgardo. Porém, o garoto nunca voltou para a sua família. Convertido ao catolicismo, Edgardo recebeu visitas esporádicas do pai e ao crescer se tornou padre.
Fonte: NPR e American Jewish Archives.
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