O que aconteceu com Asunta Basterra? A história real de “O Caso Asunta”
Uma das novidades da semana na Netflix é a minissérie espanhola “O Caso Asunta“. A série de ficção conta a história real do assassinato de Asunta Basterra, que dominou as manchetes da Espanha em 2013.
“Em 21 de setembro de 2013, Rosario Porto e Alfonso Basterra dão queixa do desaparecimento da filha, Asunta, cujo corpo é encontrado horas depois perto de uma estrada em Santiago de Compostela. A investigação policial logo aponta Rosario e Alfonso como possíveis autores do crime, uma notícia que abala a cidade e o país. O que levaria os pais a acabar com a vida da própria filha? O que se esconde por trás dessa família perfeita?” (sinopse da Netflix).
A minissérie de seis episódios estrela Candela Peña (“Kiki: Os Segredos do Desejo”) e Tristán Ulloa (“Berlim”) como os pais de Asunta, Rosario e Alfonso. Outros nomes do elenco são Javier Gutiérrez (“O Autor”), María León (“O Filho Canhoto”) e Carlos Blanco (“Volver”). A direção é de Carlos Sedes (“Alto Mar”) e Jacobo Martínez (“Jaguar”). Outro nome de destaque por trás das câmeras é o showrunner Ramón Campos, que criou outra série espanhola da Netflix: “As Telefonistas” (2017-2020).
O que aconteceu com Asunta?
Vinda da China, Asunta tinha sido adotada com apenas um ano de idade pelo rico casal espanhol. Segundo uma matéria de 2016 do The Guardian, quando Asunta foi para a escola secundária, ela foi adiantada um ano por ser considerada muito inteligente. A partir daí, o casal começou a criar a filha para ser uma criança-prodígio. Ela fazia aulas de inglês, francês, chinês, balé, violino e piano – algumas delas ela mesma pedia. Tímida com estranhos, mas muito bem humorada e divertida em casa, Asunta, mesmo muito ocupada, gostava das suas atividades.
A mãe de Asunta, Rosario Porto, sofria com ansiedade e depressão há anos. Em 2009, ela passou duas noites em um hospital psiquiátrico, dizendo que estava se sentindo “suicida, apática e culpada”. Um psiquiatra escreveu em suas notas que Rosario “se irritava muito com a filha, que era um incômodo para ela”. O estado emocional dela piorou com a morte dos seus pais, que faleceram com sete meses de diferença.
As investigações apontaram que a menina de 12 anos foi assassinada por Rosario e Alfonso, que foram acusados de planejar o crime por três meses. Foram encontradas doses altíssimas de lorazepam no corpo e a autópsia apontou que os pais já vinham drogando a filha em doses menores nos últimos meses. A mãe usava lorazepam para tratar ansiedade. Professores de Asunta contaram que viram a garota parecendo “dopada”, sem conseguir nem andar em linha reta, nos meses anteriores a sua morte. De acordo com a autópsia, a menina foi dopada e depois estrangulada.
Segundo a teoria da polícia durante as investigações, o casal tinha se “cansado” da filha que eles adotaram e quiseram se livrar dela sem parecerem pessoas horríveis.
Em 2015, Rosario Porto e Alfonso Basterra foram condenados a 18 anos de prisão pelo assassinato de Asunta. Rosario tirou a própria vida na prisão em 2020. Alfonso segue cumprindo sua pena.
Fonte: The Guardian e Aventuras na História – UOL.
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