Começou a assistir a série “O Poder e a Lei” (2022-presente) e ficou com a sensação de que já tinha visto aquela história antes? Pois isso é bem possível. Os livros de Michael Connelly que inspiraram a produção da Netflix já foram adaptados antes, como no filme de 2011 com Matthew McConaughey (“Interestelar”). E qual das duas produções é a melhor?
Em entrevista para a MovieWeb, uma das showrunners da série, Dailyn Rodriguez, comentou o assunto. Defendendo a série, ela falou sobre como mudanças que eles fizeram em relação ao livro permitiram que eles se aprofundassem no protagonista.
“Nos livros, ele é um cara branco metade mexicano e metade estadunidense. A mãe dele é mexicana e seu pai é um irlandês-americano de Los Angeles”, explicou Rodriguez. “Como escalamos Miguel [Garcia-Rulfo], que na verdade é nativo do México, tivemos que fazer alguns ajustes na história, para que eles tivessem sido criados no México… Mas acho que o que conseguimos fazer, que o filme não conseguiu, é que entramos mais no desenvolvimento dos personagens e no âmago da questão do personagem, e acho que em algumas nuances do livro.”
Além disso, por ser uma produção de formato longo, a série conseguiu realmente abraçar a ideia de que a cidade de Los Angeles também é um personagem. Para a showrunner, a cidade é uma ótima forma de abordar “identidades cruzadas”, como filhos de imigrantes que não sabem a língua do país natal dos seus pais.
Na segunda temporada, eles escalaram Lana Parrila (“Era Uma Vez”), descendente de porto-riquenhos e italianos, como uma personagem que não aprendeu espanhol porque seus pais queriam se assimilar aos EUA. “Minha coisa favorita nisso é a habilidade de explorar todas as facetas do que é ser latina ou latinx, ou qualquer termo que você queria usar, em Los Angeles e nos Estados Unidos”, comentou Rodriguez.
“O Poder e a Lei”
“Mickey Haller (Manuel Garcia-Rulfo), um idealista iconoclasta, usa o banco traseiro do seu carro, um Lincoln, como escritório de advocacia para lidar com casos grandes e pequenos na cidade de Los Angeles” (sinopse da Netflix).
Fonte: MovieWeb.
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