Martin Scorsese é, inegavelmente, um dos maiores nomes do cinema, tendo em seu currículo filmes como Taxi Driver, Os Bons Companheiros, O Lobo de Wall Street, Os Infiltrados, O Irlandês, entre outros, que se tornaram referência quando o assunto é a sétima arte.
Tendo ganhado praticamente todos os principais prêmios de cinema possíveis, além das muitas indicações ao Oscar, o cineasta tem uma posição de destaque em Hollywood, conquistando ainda o feito de nunca ter realizado um filme verdadeiramente ruim.
Isso não quer dizer que o caminho de Scorsese não tenha sido espinhoso. Afinal, para que surjam acertos, erros são muito comuns. E se tratando de um diretor que já explorou diversos temas e gêneros em seus filmes, existem obras que, mesmo não sendo ruins, estão bem abaixo de suas outras realizações.
É o caso de Sexy e Marginal, lançado em 1972. Este é o segundo filme do cineasta, lançado após Quem Bate à Minha Porta?, de 1968. O longa surgiu da união de Scorsese com o lendário diretor de filmes B Roger Corman, inspirado na vida da criminosa fictícia Bertha Thompson.
Classificado como um “filme inútil”, o longa foi considerado como uma imitação de Bonnie & Clyde que não explorava o verdadeiro potencial de Scorsese como diretor, levando o cineasta a buscar se desenvolver mais em seus futuros projetos até que se tornasse o que é hoje.
Mais sobre Sexy e Marginal, o “pior filme” de Martin Scorsese
Surgido como uma adaptação do livro de 1937 Sister of the Road, um relato pseudo-autobiográfico da personagem fictícia Bertha Thompson escrito por Ben Reitman, o filme acompanha a pobre garota do sul de mesmo nome que se torna órfã após a morte de seu pai.
Com a chegada da Grande Depressão, Bertha precisa se virar para sobreviver, até que alguns anos depois ela conhece o sindicalista Big Bill Shelly, por quem se apaixona e monta uma equipe que dá início a uma série de assaltos a trens e bancos por acidente. O longa está disponível para compra e aluguel on-line no catálogo do Prime Video e da AppleTV+. Assista ao trailer:
Após seu lançamento, o filme recebeu críticas mistas e, depois de ser apresentado para John Cassavetes, Scorsese recebeu o conselho do cineasta de abandonar este tipo de filme e tentar fazer algo diferente. No ano seguinte, Scorsese trabalhou em Caminhos Perigosos, que serviu para criar sua assinatura como diretor.