Muito antes de assumir a direção dos X-Men em Primeira Classe, Matthew Vaughn havia sido contratado pela 20th Century Fox para dirigir X-Men: Confronto Final. O longa que encerra a trilogia não teria Bryan Singer, que optou por dirigir Superman: O Retorno, no mesmo ano.
No entanto, Vaughn acabou se demitindo da produção por um motivo inusitado. Durante a New York Comic-Con (via ComicBook), o cineasta explicou que uma das atitudes dos produtores o deixou bastante incomodando, fazendo com que ele saísse do projeto.
“Um dos principais motivos pelos quais eu desisti de X-Men 3 é uma história verdadeira, e não me importo se devo ou não dizer isso, mas Hollywood realmente tem uma forma estranha de lidar com as coisas. Eu entrei no escritório de um dos executivos e havia um roteiro de X-Men 3 na mesa. Logo de cara eu percebi que era um roteiro mais gordo do que aquele que eu tinha recebido. Eu perguntei o que era aquilo, e ele disse: ‘Não se preocupe com isso’. Mas eu era o diretor do filme, é claro que ia me preocupar!”, afirmou.
“Já que o executivo se recusava a me dizer o que era aquele roteiro, eu simplesmente estendi a mão e peguei da mesa dele. Foi um momento meio louco, mas abri a primeira página e tinha uma cena da Tempestade na África, com crianças morrendo de sede e ela cria uma tempestade e salva todas essas crianças. Eu pensei: ‘Ok, até que é uma ideia legal’,” revelou Vaughn, que depois acabou entendendo que não passava de uma estratégia antiética da empresa.
“Eles disseram que era o ‘roteiro de Halle Berry’, porque ela ainda não tinha assinado contrato, mas assim que ela conseguisse a cena que queria e fechasse contrato, iríamos jogar fora o roteiro. Então eu pensei, ‘Uau, vocês vão fazer isso com uma atriz vencedora do Oscar, quem nterpreta Tempestade? Estou fora disso. Então eu desisti.”
X-Men 3 contou com novo diretor
Ao perceber que o roteiro falso havia sido feito apenas para convencer Halle Berry a participar de X-Men 3, Matthew Vaughn decidiu sair do projeto, que seria o maior de sua carreira naquele momento. O cineasta havia apenas dirigido Nem Tudo é o que Parece, de 2004, e produzido algumas obras de Guy Ritchie.
Em seu lugar, a Fox contratou Brett Retner, diretor conhecido pela franquia A Hora do Rush. Com o maior orçamento da história à época, o longa contou com uma bilheteria de US$460 milhões e não agradou o público, ficando aquém de suas duas prévias.