Chegou à Netflix o documentário O Mistério de Maya, uma trágica e verdadeira história acerca de um erro médico nos Estados Unidos. A trama é centrada em Maya Kowalski, uma menina de dez anos internada em um hospital norte-americana e impedida de ver seus pais devido a um diagnóstico falho.
Beata Kowalksi, sua mãe, insistiu ao hospital que a menina não possuía Síndrome de Munchausen por procuração, diagnóstico feito pelos médicos presentes. De acordo com consultas anteriores, Maya sofría de uma rara condição neurológica chamada Síndrome da dor regional complexa.
Sem conseguir ver sua filha, Beata teve um declínio em sua saúde mental e 87 dias depois cometeu suicídio. Maya foi liberada pouco depois, ficando sob custódia de seu pai. De acordo com a People, Maya, agora com 17 anos, segue morando com seu pai em Venice Beach, na Califórnia.
A garota retomou o movimento completo de suas pernas e braços, mas segue com episódios ocasionais de dor. Maya e seu pai aguardam o julgamento contra o hospital, com data prevista para iniciar em setembro deste ano.
O Mistério de Maya: entenda a história do documentário
A história de Maya começou antes de 2016, mas foi neste ano que a menina precisou ser levada às pressas a emergência de um hospital. Beata, sua mãe, pediu que os médicos a receitassem ketamina, uma das únicas substâncias que diminuía as dores de Maya.
Os médicos residentes ficaram alertados com o pedido e ligaram para o Conselho Tutelar. Maya, então, foi diagnosticada erroneamente com Transtorno Factício Imposto a Outro, conhecida anteriormente como Síndrome de Munchausen por procuração.
Trata-se de um transtorno mental em que o responsável por uma criança cria sintomas falsos ou causa com que sintomas reais apareçam para parecer lesionada ou doente. Assim, Maya foi internada compulsoriamente, ficando sob responsabilidade do Estado, e impedida de ver seus pais.