Em 1973, William Friedkin revolucionou o cinema ao dirigir O Exorcista, levando este a ser o primeiro filme de terror a ser indicado ao Oscar e conferindo maior credibilidade ao gênero. Pela primeira vez, as pessoas olhavam para um filme de terror com respeito similar a outras grandes obras da época.
Para conseguir isso, Friedkin precisou fazer com que os espectadores investissem na história contada e acreditassem naquilo que viam. Assim, a possessão de Regan MacNeil foi tão convincente que rendeu uma indicação ao Oscar para a jovem Linda Blair, enquanto outro aspecto ganhou destaque com o tempo: a voz do demônio Pazuzu.
Em sua autobiografia, o diretor explicou que este foi um tópico turbulento. Em primeiro momento, tentou-se manipular a voz de Linda Blair, mas o resultado não foi do agrado de Friedkin. Assim, o cineasta decidiu entrar em contato com uma mulher que Orson Welles havia chamado de “a melhor atriz vocal da história”: Mercedes McCambridge.
A atriz, uma alcóolatra em reabilitação, afirmou que precisaria de ajuda de padres para retomar esses temas complicados de sua vida e encontrar seu “demônio interior”. Após o diretor concordar com os termos, McCambridge solicitou que fosse amarrada a uma cadeira, além de engolir ovos crus e beber Jack Daniels enquanto fumava para conseguir chegar ao tom desejado.
O Exorcista: novo longa estreia na próxima semana
Embora sua estreia nos Estados Unidos esteja acontecendo hoje, O Exorcista – O Devoto chega aos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, dia 12 de outubro. O longa é dirigido por David Gordon Green, e, assim como realizado em Halloween, será uma sequência original da obra de 1973, ignorando todas as produções póstumas.
Na trama, acompanhamos um pai solteiro que fica desesperado quando sua filha e uma amiga retornam após terem sumido na floresta e apresentam comportamentos estranhos. Ao suspeitar que as meninas estão possuídas, o homem entra em contato com Chris MacNeil, uma mulher que passou por algo similar 50 anos atrás.