Mesmo 24 anos depois de seu lançamento, O Auto da Compadecida segue sendo a minissérie de maior sucesso da história da TV Globo. Após sua estreia em 1999, foi transformada em longa por Guel Arraes, um de seus roteiristas e diretores.
Por conta de seu sucesso, não demorou muito para iniciarem as conversas de uma continuações. Os rumores de Auto da Compadecida 2 circulam há mais de duas décadas, porém, de acordo com Patrícia Kogut, o projeto finalmente irá sair do papel.
O projeto é de um filme, porém, a ideia “é que ele também vire uma série na Globo. As filmagens estão previstas para julho. Mas tudo ainda muito incerto por conta das agendas dos atores, principalmente de Selton Mello”, destacou a jornalista.
Guel Arraes irá retornar como o diretor do filme, assim como em 2000. O cineasta assinará o roteiro e fará parte da produção, que deve ganhar novas informações em breve. Uma possível sequência de O Auto da Compadecida estava sendo debatida mais intensamente há mais de dois anos.
O Auto da Compadecida 2: divergências cancelaram projeto no passado
Vale ressaltar um ponto importante da continuação e do filme original. O Auto da Compadecida é uma adaptação da peça teatral homônima de Ariano Suassuna, escrita em 1955. Além de utilizar o texto original, Arraes, João Falcão e Adriana Falcão acrescentaram elementos de O Santo e a Porca e Torturas de um Coração — ambas também de autoria de Suassuna -, além de Decamerão, clássico de Giovanni Boccaccio.
Escrever um roteiro para as aventuras de João Grilo e Chicó sem o material base postou-se como a maior divergência entre os roteiristas, deixando engavetado o projeto de uma série sobre a dupla de protagonistas.
O que diz Guel Arraes de O Auto da Compadecida 2?
Em entrevista a Maurício Stycer e Cristina Padiglione na CCXP de 2019, o diretor Guel Arraes revelou detalhes sobre a produção de uma sequência para a minissérie.
“Quando acabou o Auto, pensamos em fazer uma série, As Peripécias de João Grilo e Chicó. Um spin-off. Chegamos a escrever um piloto. Era muito engraçado. Só que não tinha essa dimensão. Era mais uma comédia regional. Era uma coisa fácil de fazer. A gente ia ganhar dinheiro. Mas não levamos adiante. Para honrar esse legado tinha que ser uma coisa mais ambiciosa”, disse Arraes.