O Apanhador no Campo de Centeio: o livro por trás da morte de John Lennon

Publicado pela primeira vez em 1951, “O Apanhador no Campo de Centeio”, de J.D. Salinger, já era considerado um clássico norte-americano, mas, alguns anos depois, ele entrou para a história por um motivo um tanto quanto desagradável: como o livro que inspirou Mark David Chapman, o assassino de John Lennon.

Em 1980, quando foi preso pelo assassinato do ex-Beatle, Chapman tinha ficado esperando no local do crime e carregava uma cópia do livro. Em 1981, durante a sua sentença, o criminoso chegou a ler um trecho do livro no tribunal após ser questionado se tinha algo a dizer em sua defesa sobre o crime.

O protagonista do livro de Salinger, Holden Caulfield, torna sua missão pessoal punir os hipócritas, os “fajutas” do mundo. Chapman tinha uma visão parecida sobre Lennon. “Ele disse para nós imaginarmos um mundo sem posses [referência à música ‘Imagine’], e então ele estava lá com milhões de dólares, iates, fazendas e propriedades estatais, rindo de pessoas como eu que tinham acreditado em suas mentiras”, declarou o criminoso em uma ocasião.

Como aponta o site We Got This Covered, é “simplificar demais” dizer que “O Apanhador no Campo de Centeio” foi o motivo pelo qual Chapman decidiu matar John Lennon. O ex-segurança já lidava com questões de saúde mental, tendo até tentado suicídio alguns anos antes, além de ter crenças religiosas bem radicais. Um dos motivos que fez Chapman ter raiva de Lennon foi o cantor ter declarado que não acreditava em Deus.

“O Apanhador no Campo de Centeio”

“É Natal, e Holden Caulfield conseguiu ser expulso de mais uma escola. Com uns trocados e seu indefectível boné vermelho de caçador, o jovem traça um plano incerto: vagar três dias por Nova York, adiando a volta à casa dos pais. Seus dias e noites serão marcados por encontros confusos, e ocasionalmente comoventes, brigas e dúvidas que irão consumi-lo. Acima de tudo, paira a inimitável voz de Holden, o adolescente raivoso e idealista que quer desbancar o mundo dos “fajutos”, num turbilhão de ressentimento, humor, frases lapidares, insegurança, bravatas e rebelião juvenil” (sinopse divulgada pela editora Todavia).

Fonte: We Got This Covered.

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