Nunca Deixe de Lembrar é baseado em fatos reais? A história por trás do filme

Em 2018, chegou aos cinemas o filme “Não Deixe de Lembrar”, uma produção alemã com uma história ambientada com as consequências da Segunda Guerra Mundial. Aclamado pela crítica especializada, o longa-metragem chegou na plataforma da Netflix e promete atrair o público com uma história comovente e inspirada em fatos reais. 

Na trama, conhecemos Kurt Barnert (Tom Schilling), um artista alemão que conseguiu escapar da  Alemanha Oriental e passou a viver na Alemanha Ocidental. Apesar disso, ele não consegue esquecer dos traumas que teve na infância por causa do regime nazista e da República Democrática Alemã (RDA).

Na universidade, ele conhece Ellie Seeband e se apaixona pela colega de classe, mas o relacionamento dos dois é impedido de acontecer pois o pai da jovem, Carl Seeband, se opõe à união. As coisas ficam ainda mais complicadas quando o papel de Carl no programa de eugenia nazista vem à tona.

“Não Deixe de Lembrar ” é baseado em fatos reais? 

Dirigido por Florian Henckel von Donnersmarck, o cineasta também foi responsável por escrever a história. Para isso, ele se inspirou na vida de Gerhard Richter, um pintor alemão que viveu durante boa parte da sua vida na Alemanha Oriental e aos 16 anos se mudou para a Alemanha Oriental. 

Para desenvolver o enredo, Donnersmarck disse ao New Yorker que passou semanas com Richter para discutir a ideia do filme. O diretor revelou que Richter não queria que o personagem-título do filme levasse seu nome, e por isso, a produção teve o papel principal batizado de Kurt Barnert. Após o filme ficar pronto, Richter ficou receoso de assistir, pois tinha medo de sua reação emocional ser muito forte. 

Na época, Donnersmarck explicou: “Talvez o filme seja para todos, menos para ele”. No entanto, as coisas não aconteceram da maneira como o diretor gostaria, pois Gerhard Richter viu a produção e criticou vários pontos, afirmando que  Donnersmarck “abusou” e “distorceu” sua história. Em uma entrevista para o New Yorker, o pintor disse: 

“Dei-lhe algo por escrito afirmando que ele estava explicitamente proibido de usar ou publicar meu nome ou qualquer uma de minhas pinturas. Ele me garantiu que respeitaria meus desejos. Mas, na realidade, ele fez de tudo para vincular meu nome ao filme dele. , e a imprensa o estava ajudando da melhor maneira possível”, disse. “Felizmente, os jornais mais importantes daqui analisaram sua mistura de forma muito cética e crítica. Mesmo assim, ele conseguiu abusar e distorcer grosseiramente minha biografia!”

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