“O Problema dos 3 Corpos“, série que estreou na Netflix na semana passada, tem parte da sua história ambientada na China nos anos 60, durante a Revolução Cultural do país. Na cena de abertura, um professor de física universitário é espancado até a morte por seus próprios estudantes no campus da universidade onde ensina.
A sequência dividiu opiniões de espectadores chineses, com muitos acusando a produção de ter sido feita para mostrar o país de forma pejorativa. Mas ela não foi o único momento que irritou o público.
Por exemplo, o fato de parte da história ter sido movida para Londres, ao invés de se passar na China, também gerou muitas críticas. O livro que inspirou a série se passa na China e é de um autor chinês: Cixin Liu. Alguns espectadores acusaram a série de criar uma narrativa com o Ocidente sendo o salvador de um problema iniciado pela China. Nas redes sociais, vários internautas acusam a série de ser “anti-China” e uma “propaganda imperialista americana”.
Atriz defende a versão internacional de “O Problema dos 3 Corpos”
Rosalind Chao, atriz estadunidense filha de imigrantes chineses, interpreta a versão mais velha de Ye Wenjie na série. Em entrevista para o The Hollywood Reporter, ela se declarou a favor da história ganhar uma versão internacional.
“Eles [os chineses] não falam sobre [a Revolução]. É tão arraigado não discutir isso, embora seja uma grande parte da história e o fato de que pode ser contado aqui de uma forma que também abraça o gênero sci-fi, é meio emocionante. É importante que as pessoas entendam a história do mundo e o que faz as pessoas serem do jeito que são”, declarou a atriz.
“O Problema dos 3 Corpos”
“A fatídica decisão de uma jovem na China dos anos 1960 reverbera pelo espaço e pelo tempo até os dias de hoje. Conforme as leis da natureza se desfazem diante de seus olhos, um grupo de cientistas brilhantes se une a um detetive nada convencional para enfrentar a maior ameaça da história” (sinopse divulgada pela Netflix).
Fonte: CNN e MovieWeb.
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