Em meio a uma fase de reformulações estratégicas, a Netflix confirmou o cancelamento das séries inéditas “Pulse” e “The Residence”, enquanto a antologia “No Good Deed” foi colocada em pausa indefinida, sem previsão de retorno.
Com estas decisões, a Netflix sinaliza um movimento de maior seletividade em sua curadoria de originais. Enquanto séries como “Bridgerton”, “The Diplomat” e “Ransom Canyon” seguem renovadas, títulos mais experimentais enfrentam um cenário de maior exigência por performance e apelo popular.
“Pulse” não teria sustentado o engajamento necessário para uma continuação
Nos bastidores, o cancelamento de “Pulse” já era dado como certo. O drama médico estrelado por Willa Fitzgerald e Colin Woodell foi discretamente arquivado há mais de um mês, segundo fontes próximas à produção.
Desenvolvida por Zoe Robyn, a série pretendia ocupar o espaço dos procedimentos hospitalares, mas enfrentou forte concorrência de títulos consolidados como “Doc”, “Brilliant Minds” e “The Pitt” — este último, inclusive, exibiu um episódio decisivo no mesmo dia da estreia de “Pulse”, o que pode ter afetado sua visibilidade e impacto inicial.
Apesar de ter alcançado a terceira posição no Top 10 global da Netflix, com 8,5 milhões de visualizações, “Pulse” não sustentou o engajamento necessário.
Seu enredo, centrado em assédio sexual no ambiente de trabalho, também teria dificultado sua aceitação entre espectadores em busca de uma narrativa mais escapista.
“The Residence” estava custando caro demais
Já “The Residence”, elogiada pela crítica e com um elenco de peso liderado por Uzo Aduba e participações de Giancarlo Esposito, Randall Park e Susan Kelechi Watson, esbarrou no alto custo de produção.
A superprodução baseada na Casa Branca teve um cenário construído em sete estúdios, com detalhes que incluíam mais de 65 toneladas de piso e 200 portas funcionais.
Embora tenha alcançado a segunda colocação no Top 10 semanal, com 8,8 milhões de visualizações, a estreia foi eclipsada por “Adolescence”, um sucesso inesperado da própria plataforma.
Criada como uma antologia de mistério, “The Residence” previa novos crimes em cada temporada. No entanto, nem mesmo o envolvimento da Shondaland, produtora de “Bridgerton”, foi suficiente para assegurar sua continuidade. Houve tentativas de redução orçamentária e reformulação do cenário, mas as conversas não avançaram.
“No Good Deed” foi morna demais?
Enquanto isso, “No Good Deed”, também concebida como antologia, permanece em um limbo criativo. A série de Liz Feldman, criadora de “Dead to Me”, acumulou 6 milhões de visualizações, figurando por quatro semanas entre os títulos mais assistidos.
No entanto, sua recepção morna esfriou o entusiasmo para uma segunda temporada. Ainda assim, fontes afirmam que a Netflix não descartou totalmente uma reformulação do projeto, e os contratos de OT Fagbenle e Teyonah Parris — protagonistas da primeira parte — permanecem ativos.
O final da primeira temporada sugeriu um novo mistério envolvendo o pai bilionário da personagem Carla, o que poderia servir de gancho para um possível retorno.
Com informações do portal Deadline.