Em 2023, o cineasta Christopher Nolan lançou Oppenheimer nos cinemas, explorando a história do pai da bomba atômica através de perspectivas pouco conhecidas pelo público, incluindo sua relação do físico com o brilhante Albert Einstein, ganhador do Prêmio Nobel em 1921.
E para este ano, a Netflix ofereceu aos assinantes uma nova oportunidade de se aprofundar ainda mais nesta relação, graças ao documentário Einsten e a Bomba, estrelado por Aidan McArdle, Andrew Havill e Rachel Barry, produzido pela BBC Studios, e lançado no catálogo da plataforma na última sexta-feira (16).
A produção utiliza-se de palavras do físico retiradas de entrevistas, cartas e discursos para compor os diálogos da trama e expor um período menos conhecido da vida de Einstein, quando ele foi obrigado a abandonar a Alemanha por conta do avanço do nazismo.
Refugiado nos Estados Unidos e com o mundo à beira de uma guerra, Einstein se envolve indiretamente com a invenção da bomba atômica, e o documentário aprofunda as razões e os arrependimentos do cientista na época, através de uma mescla de imagens de arquivo e recriações.
Com direção de Anthony Philipson e roteiro de Philip Ralph, Einsten e a Bomba mostra que apesar de estar em busca da paz, o cientista acabou influenciando a criação do Projeto Manhattan, o que deu origem a uma das mais poderosas e letais armas do planeta. Assista ao trailer:
Como Einsten influenciou Oppenheimer?
Diferente do que se possa imaginar, Albert Einstein não esteve presente no desenvolvimento da bomba atômica. Na realidade, foi a opinião do cientista sobre os perigos das armas nucleares que deram origem ao projeto capitaneado por J. Robert Oppenheimer.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, a comunidade científica percebeu o potencial devastador das armas nucleares, o que fez com que Einsten, junto do físico húngaro Leo Szilard, enviassem uma carta ao então presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt.
O alerta dos cientistas fez com que o governo dos EUA tomasse providências, destinando os primeiros fundos para pesquisas nucleares com fins militares. Isso resultou na criação do Projeto Manhattan, que por sua vez, levou ao ataque no Japão, que matou milhares de pessoas.