Netflix cancela filme após investir 30 milhões de dólares
A Netflix decidiu dar uma de Batgirl. Segundo notícia exclusiva da Variety, após investir cerca de US$ 30 milhões, o streaming cancelou Masters of Universe, o filme do He-Man, anunciado em janeiro do ano passado. O projeto já tinha até diretores, a dupla Adam e Aaron Nee (Cidade Perdida), e protagonista, o ator Kyle Allen (Amor, Sublime Amor).
Em uma entrevista para a Variety, no ano passado, um dos diretores, Aaron Nee, disse que eles queriam se prender ao significado que o desenho tinha para eles quando eles eram crianças. “Não era bobo ou absurdo para nós, tinha uma profundidade e um significado”. A dupla queria “se prender a algo com uma empatia humana central e que, ainda assim, não tem medo de se divertir e ser maluco”.
Cinco fontes da revista afirmaram que o motivo do cancelamento do projeto foram questões de orçamento. Um representante da Mattel confirmou que os direitos de Masters of the Universe não estão mais com a plataforma. Desde 2007, a Netflix é o terceiro estúdio a estar envolvido na adaptação da propriedade. A Warner Bros. e a Sony Pictures também já tiveram os direitos da obra.
He-Man e os Defensores do Universo
Masters of the Universe surgiu como uma linha de brinquedos da Mattel, a mesma empresa dona da marca Barbie. Para promover os brinquedos, a empresa encomendou uma série de animação com a Filmation Studios. He-Man e os Defensores do Universo, exibida entre 1983 e 1985, foi uma animação muito popular dos anos 80, e se tornou icônica na cultura pop, gerando memes até hoje.
A série se passa no planeta Etheria, em que He-Man, ou príncipe Adam, um deus musculoso e bronzeado com cabelo de cuia precisa lutar contra o seu poderoso inimigo, o Esqueleto. Ao fim de cada episódio, o herói quebrava a quarta parede e dizia a moral da história para o público.
A franquia já até ganhou uma versão live-action nos cinemas, o filme Mestres do Universo (1987), com Dolph Lundgren (Rocky IV) no papel principal. A produção foi detonada pela crítica e um fracasso comercial, mas se tornou uma espécie de clássico cult, por ser um filme “tão ruim, que é bom”.
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