Nesta quarta-feira (16/10), a atriz Fernanda Montenegro completa 95 anos e a plataforma do Glogoplay vai liberar no mesmo dia o episódio do documentário “Tributo – Fernanda Montenegro”, como forma de homenagem para uma das maiores atrizes brasileiras. Um dos destaques da produção, é a forma como Fernanda refletiu sobre a vida e a morte.
De uma forma íntima, a atriz abriu as portas da sua casa para relembrar histórias marcantes da sua carreira artística, resgatando também memórias pessoais. Além disso, usou o espaço para admitir que pensa sobre a morte e como ela pode estar se aproximando: “A consciência da morte é constante, diária, a cada segundo. Não é se conformar, é tentar aceitar, porque vai vir. O que vamos fazer? Ninguém é eterno.”
Fernanda Montenegro almeja chegar aos 100 anos
Apesar da conscientização da morte, a atriz aproveitou para explicar que isso não significa que não quer mais viver, pelo contrário, reforçou que quer chegar aos 100 anos: “Eu sou de uma raça que dura muito. Meu pai com 90 e tantos dizia que queria chegar aos 100 anos, porque a vida é tão boa. Então eu tenho esses exemplos perto de mim, de velhos duros que aguentaram muita coisa na vida e querem chegar aos 100. Eu sou uma mulher e de ofício. Um dia a gente vai sair desse planeta. Ou [a gente] vai ficar enterrado, ou vai subir pelas alturas e buscar outra transcendência.”
Sobre essa reflexão e como lidar com a morte, Fernanda não esconde que sente saudades dos amigos que já foram, como por exemplo, Nicette Bruno, com quem dividiu cena em “Rainha da Sucata”, em 1990: “Tem uma hora que você vê que já viveu a vida. É interessante que, com o passar dos anos, você se lembra de um amigo que já se foi, e só ele se lembraria dessa memória que você tem. De repente, bate um buraco de saudade dos que já se foram.”
Vale ressaltar que, além do Globopay, o documentário Tributo também será exibido na Rede Globo, na quinta-feira (17/10), às 22h35 (no horário de Brasília).