No próximo sábado (11), a Rede Globo irá exibir no Supercine o filme “Medida Provisória”, a primeira produção cinematográfica dirigida por Lázaro Ramos. O longa-metragem traz uma história ficcional, sobre uma medida feita pelo governo brasileiro, que chama a atenção no Congresso Nacional.
A medida provisória imposta, seria como forma de reparação pelo passado escravocrata do país, no qual obriga os cidadãos negros são obrigados a se mudarem para a África. O objetivo é que eles retornassem às suas origens. Porém, isso afeta a vida de Capitu, uma médica que é casada com Antônio, um advogado, além do primo André que é jornalista.
Taís Araújo diz que filme sofreu censura na época do lançamento
Lançado nos cinemas em 2022, a atriz Taís Araújo, uma das protagonistas da trama, falou em uma entrevista para a Vogue, que o filme demorou dois anos para chegar ao público, mesmo a produção estando pronta para ser lançada: “Ainda bem que foi liberado, porque o Brasil merece ver e discutir esse assunto”, afirmou.
A atriz definiu a história do filme como uma distopia, porém ressaltou que tem medo de que isso aconteça um dia: “A gente chamava de um futuro distópico, o que dá muito medo, porque parece que essa distopia está se aproximando muito”, disse.
Na época, o ator e diretor Lázaro Ramos também falou sobre, durante uma entrevista ao Estadão. Na ocasião, ele comentou que o atraso do filme se deu por “problemas do governo com o setor cultural”. Com enredo inspirado na peça Namíbia, Não!, de Aldri Anunciação, o ator explicou um pouco sobre o atraso nos cinemas:
“Dirigi a peça em 2011 e, em seguida, comecei a produção do filme, que foi rodado anos depois e deveria ter estreado em 2020. A pandemia e os problemas do governo com o setor cultural adiaram para agora, quando muitos detalhes do que parecia distópico hoje são praticamente reais”, afirmou