Um dos crimes mais marcantes do século XX é o assassinato do ex-Beatle John Lennon por Mark David Chapman, que se declarava fã do cantor. Na última quarta-feira (6), a Apple TV+ lançou uma minissérie documental sobre o assunto “John Lennon: Assassinato Sem Julgamento”.
Dirigida por Rob Coldstream (“The Trump Show”) e Nick Holt (“The Trial: A Murder in the Family”), a minissérie de três episódios reúne depoimentos de amigos de Lennon e Chapman, além de médicos e investigadores centrais no crime, revelando suas lembranças da noite do assassinato. A série conta com narração de Kiefer Sutherland, mais conhecido pelo papel de Jack Bauer na série “24 Horas” (2001-2010).
A morte de John Lennon
No dia 8 de dezembro de 1980, Mark David Chapman esperou do lado de fora do prédio em que Lennon morava em Nova Iorque. Quando o cantor saiu, Chapman, que tinha recebido um autógrafo do músico naquele mesmo dia mais cedo, deu vários tiros no artista. Lennon chegou a ser socorrido, mas foi declarado morto assim que chegou ao hospital.
Algum tempo antes do assassinato, Chapman disse para sua esposa que podia matar John Lennon ou David Bowie e que, ao matá-los, poderia “tomar a fama deles”. Fã de ambos, o criminoso acabou escolhendo Lennon por acreditar que ele era um “hipócrita”. “Ele [Lennon] disse para nós imaginarmos um mundo sem posses [referência à música ‘Imagine’], e então ele estava lá com milhões de dólares, iates, fazendas e propriedades estatais, rindo de pessoas como eu que tinham acreditado em suas mentiras”, declarou Chapman.
Outro motivo, segundo Chapman, foi sua indignação por causa das declarações de Lennon de que não acreditava em Deus e nos Beatles. “Eu só queria gritar bem alto: ‘Quem ele pensa que é, dizendo essas coisas sobre Deus e o paraíso e os Beatles?'”, relata um trecho do livro de 1992 “Let Me Take You Down: Inside the Mind of Mark David Chapman, the Man Who Killed John Lennon”.
O que aconteceu com Mark David Chapman?
Chapman continuou na cena do crime até ser preso pela polícia. A defesa dele queria montar uma defesa alegando “insanidade mental”, mas o próprio Chapman não aceitou e se declarou culpado por acreditar que essa era “a vontade de Deus”.
Mark Chapman está preso até hoje e já teve 12 pedidos de liberdade condicional negados desde 2000. Ele continua casado com Gloria Abe desde 1979, e ela o visita com frequência na cadeia. Um membro da banca que avalia os pedidos afirmou que eles não arriscariam a polêmica que libertar o assassino de John Lennon causaria.
Fonte: We Got This Covered e Esquire.
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